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Defesa diz que acusado é inocente e faz comparação com caso Eliza Samudio

R7

Um dos advogados de Marcos Bispo dos Santos, acusado de participar do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, chegou a comparar a falta de provas contra seu cliente com a suposta inexistência de provas contra o goleiro Bruno Fernandes, um dos suspeitos de envolvimento no sumiço da ex-amante Eliza Samudio. Bernardo Campos Carvalho pediu que os jurados absolvessem seu cliente.

- No caso Bruno, acabaram com a vida do jogador.

Apesar da comparação, ao contrário do que disse Carvalho, a polícia de Minas Gerais colheu provas de vestígios de sangue da modelo no carro do ex- goleiro do Flamengo.

O advogado também comparou o caso de seu cliente com o dos irmãos Sebastião e Joaquim Naves, que ocorreu na década de 1930, durante o Estado Novo, em Minas Gerais. Eles foram torturados até confessar um crime que não cometeram.

Bernardo Campos Carvalho também defende Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira, o Bonzinho, que também é acusado pela morte de Celso Daniel.

O júri

O julgamento do réu Marcos Roberto Bispo dos Santos, apontado como o motorista do bando que sequestrou Celso Daniel (PT), começou por volta das 9h50 desta quinta-feira. O réu não compareceu ao júri e, por isso é julgado à revelia. Os defensores do acusado estão no julgamento para fazer a defesa. Um dos advogados, Adriano Marreiro dos Santos, chegou a pedir a anulação do júri porque o acusado não estava presente, mas o juiz não aceitou o pedido.

Cinco mulheres e dois homens foram escolhidos como jurados. A acusação não arrolou testemunhas. Já a defesa listou quatro testemunhas, mas elas não compareceram.



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Réu não vai a julgamento
A previsão é de que o julgamento seja concluído ainda nesta quinta-feira, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo. Celso Daniel foi morto em 18 de janeiro de 2002 quando voltava de um jantar em São Paulo. Ele estava acompanhado de seu assessor Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, quando foi abordado pelos bandidos. Dois dias depois, o corpo de Daniel foi encontrado em uma estrada de Juquitiba, na Grande São Paulo.

Os outros seis réus do caso recorreram da sentença do juiz que os mandou para o Tribunal do Júri. Apenas o processo contra o ex-assessor de Daniel, o Sombra, ainda está na fase de depoimentos das testemunhas. Ele é apontado pelo Ministério Público como o mandante do crime. Sérgio Gomes da Silva responde ao processo em liberdade.
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