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Técnica promete facilitar a busca por doadores de medula óssea

G1

Uma técnica usada nos Estados Unidos pode ser adotada no Brasil para identificar possíveis doadores de medula óssea. O método é mais barato do que o atual exame de sangue. E a capital alagoana foi escolhida para os testes.

Pâmela Araújo Eduardo chega com a mãe a uma casa de apoio a crianças com câncer, em Maceió, para mais um dia de tratamento.

Pâmela tem leucemia. A doença atinge as células do sangue. "Já fiz exame, não deu compatível. Agora, estou procurando doador”, conta.

"Em muitos casos, esses pacientes não têm doadores dentro da família. Então, é necessário que a gente recorra aos bancos de medula óssea", explica a onco-hematologista Luciene Alencar.

A grande dificuldade é encontrar alguém que seja compatível. A chance é uma a cada 100 mil.

Mas uma nova técnica para identificar doadores em potencial pode diminuir a espera por um transplante. Os primeiros testes foram feitos em Maceió.

O novo método colhe o material na mucosa da bochecha com hastes de algodão. No laboratório, é feito o mapeamento do código genético a partir de uma proteína, conhecida como HLA.

Hoje, no país, os exames são realizados pela coleta de sangue. "O objetivo é mostrar que, com essa coleta, os objetivos são os mesmos ou até melhores do que com o sangue", esclarece Airam da Silva, presidente da Fundação UFAL.

Os resultados vão ser apresentados ao Instituto Nacional do Câncer, que, se aprovar a técnica, pode adotá-la no país.

Um professor de genética molecular da Universidade Federal de Alagoas diz que o método, conhecido como Swab, já é utilizado em outros exames de mapeamento do DNA e pode ser eficiente também para a identificação de doadores.

"É um método de coleto de células fácil de armazenar. É um método bastante prático e barato. Eu acho que é um método adequado para esse tipo de trabalho", afirma Luiz Antônio Ferreira, professor de genética molecular da UFAL.
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