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Eleições Júlio Müller ocorrem em meio a acusações

Da Redação - Jardel Arruda

Salvo as faixas penduradas em pontos estratégicos, as eleições para a nova superintendência do Hospital Universitário Julio Müller (HUJM), realizada nesta sexta-feira (26), pode até passar despercebida aos olhos dos menos atentos, mas, na verdade, o ambiente é de agitação e intrigas. Um dos candidatos acusa o outro de ter retirado, criminosamente, suas faixas de campanha. O outro, por sua vez, afirma que o adversário tem utilizado a ‘máquina pública’ para conseguir votos.

“Normalmente quem sempre votou nesta eleição foram os alunos, professores e técnicos que atuam no hospital. Este ano toda a comunidade da Saúde da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) foi contemplada, até quem não vem aqui”, declarou o professor Jonas Corrêa da Costa, um dos candidatos a superintendente geral do HUJM.

O motivo da ressalva é o fato de alunos do primeiro ano de Medicina, Nutrição e Enfermagem, ainda alheios as aulas no Julio Müller, possuem direito de voto. Alguns apoiadores de Jonas Corrêa, que já foi superintendente do HUJM no período de 1996 e 2004, acreditam na existência de uma ‘manobra’ para garantir a eleição do outro candidato, o qual seria apoiado pela reitoria da UFMT.

Um dos motivos que leva ao grupo de Jonas a acreditar em uma suposta manobra é o fato de um veículo da UFMT realizar o translado de alunos para o local da votação. O ato seria visto como abuso de poder e de uso da maquina pública na eleição. A reportagem do Olhar Direto encontrou três alunas do primeiro ano de Medicina sendo transportadas em um carro com o selo na Universidade Federal. Todas confirmaram estar sendo transportadas para poder votar.

Do outro lado, o professor Elias Nogueira, rebate as acusações e diz que o rival querer conturbar o ambiente eleitoral com fatos sem fundamentação. “Não existe nada. As regras eleitorais foram criadas pelo conselho eleitoral. E o ônibus foi requerido pelo presidente do conselho. Não tem nada disso que eles estão falando”, rebateu Elias.

A exemplo de Jonas, Elias já acumula a experiência como superintendente do HUJM. Ele ocupou o cargo entre 2005 e 2006, tendo assumido a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá em seguida e retornando ao cargo em 2010, substituindo o superintendente José Carlos Amaral que afastou-se do cargo por questões acadêmicas.

Apesar das denuncias de Jonas, Elias afirma estar tranquilo com as eleições e afirma ter credibilidade perante a comunidade do hospital. “Tenho credibilidade com o corpo de professores e técnicos. Temos um trabalho reconhecido e devemos ter um bom resultado nas eleições. E se não tiver, volto a sala de aula, feliz da vida.”, concluiu.
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