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Notícias / Política BR

Campanha nacional de combate à AIDS foca jovens entre 15 e 24 anos

De Brasília - Vinícius Tavares

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, comemorado hoje, o governo federal lançou uma nova campanha de conscientização para reduzir a incidência da doença no Brasil. Desta vez, o foco principal da campanha é o jovem entre 15 e 24 anos, pois segundo levantamento do Boletim Epidemiológico AIDS/DST feito com mais de 35 mil jovens entre 16 e 20 anos, houve aumento de 009% para 0,12% na incidência de HIV nesta faixa etária.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1), pelo Ministério da Saúde, em Brasília, em evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda segundo o boletim, entretanto, há uma tendência de queda na incidência de casos de AIDS em crianças menores de cinco anos. Comparando-se os anos de 1999 e 2009, a redução neste público chega a 44,4%. De acordo com o Ministério da Saúde, o resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical de HIV (da mãe para o bebê). 

De acordo com o boletim, o grande desafio é fazer com que o conhecimento se transforme em mudança de atitude. De acordo com a Pesquisa de Comportamento, atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP 2008), 97% dos jovens de 15 a 24 anos idade sabem que o preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo HIV, mas o uso cai à medida que a parceria para a relação sexual se torna estável.

De acordo com o diretor do Departamento de DST, AIDS, Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Grecco, a pesquisa traz um alerta aos jovens que não enxergam o risco de contágio.

“O jovem precisa perceber que a prevenção é uma decisão pessoal e que ele não estará seguro se não se conscientizar e usar o preservativo”, enfatizou.
De acordo com o boletim, a estimativa de infectados no Brasil, com dados de 2006, chega a 630 mil pessoas. A prevalência da infecção, para o público com idade entre 15 a 49 anos, é de 0,61%.

Em 2008 haviam sido registrados 37.465 casos contra 39.538 ano passado. A taxa de incidência por 100 mil habitantes cresceu de 19,8 em 2008 para 20,1 em 2009. O número de óbitos entre 1980 e 2009 chegou a 229.222 pessoas, sendo 11.839 mortos em 2008 e 11.815 no ano passado. O coeficiente de mortalidade também por taxa de 100 mil habitantes manteve-se estável em 6,2 pontos entre 2008 e 2009.

O número total de casos de AIDS entre 1980 e 2009 chegou a 592.914. A maior incidência ocorre na região sudeste com 344.150 casos (58,0%), seguido da região sul com 115.598 (19,5%), nordeste com 74.364 (12,5%), centro-oeste com 34.057 casos (5,7%) e norte com 25.745 (4,2%).
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