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Dilma discorda de posição do Brasil sobre direitos humanos na ONU
Terra
Em entrevista ao jornal Washington Post, a presidente eleita, Dilma Rousseff falou como será seu futuro governo, tentando mostrar os pontos em comum e as diferenças com o atual governo. Segundo Dilma, ela não teria a mesma postura que o presidente Lula Luiz Inácio Lula da Silva na votação da resolução sobre direitos humanos propostas na ONU em novembro. O documento condenava medidas como amputações, chibatadas e apedrejamentos no Irã.
Dilma afirmou que não apoia nenhuma medida como apedrejamentos ou qualquer prática "medieval", e destacou a importância da busca pela paz. Ela ressaltou concordou com a abstenção do Brasil na votação e disse que sua posição sobre esses assuntos não vai mudar quando tomar posse.
Durante a entrevista, a presidente destacou a importância de estreitar os laços com o presidente norte-americano Barack Obama e os EUA. Para ela, os dois países devem desempenhar um papel juntos internacionalmente. Dilma exemplificou com a proposta de trabalho em conjunto na África, onde Brasil e EUA poderiam levar o desenvolvimento de tecnologias agrícolas e ajuda humanitária.
Ela ainda destacou a importância de encontrar uma solução para a crise econômica que envolve vários países e disse que a estabilidade do EUA é importante, pois se trata de um grande mercado consumidor e um dos mais importantes países para o comércio brasileiro.
A presidente afirmou também que continuará a mesma política econômica de Lula e enfatizou ter sido essa a grande conquista do governo atual. A meta de sua gestão será aproximar a taxa de juros brasileira às taxas internacionais. Para isso, segundo ela, o caminho seria uma combinação entre vários fatores, entre eles reduzir a dívida pública, aumentar o PIB e racionalizar os gastos públicos.