O conglomerado alemão ThyssenKrupp informou hoje que deverá registrar prejuízo no segundo trimestre do ano fiscal de 2009, por conta da queda na demanda por aço. A companhia também anunciou medidas de reestruturação dos negócios para economizar 500 milhões de euros por ano (US$ 681 milhões). De acordo com comunicado da empresa, o prejuízo é atribuído à "severa subutilização da capacidade, queda de preços e às baixas contábeis nos estoques, estas já anunciadas". 

O setor siderúrgico enfrenta uma forte queda na demanda por aço de grandes clientes como o setor automotivo, de ferramentas e da construção civil por causa da retração econômica mundial. Grandes empresas ao redor do mundo estão respondendo a esse cenário com cortes de produção, adiamento de projetos e redução do número de funcionários para manter caixa.

Quanto à reestruturação, a ThyssenKrupp disse que irá juntar suas cinco divisões - aço, inoxidáveis, tecnologias, elevadores e serviços - em apenas duas. A nova divisão de Material compreenderá aço, inoxidáveis e serviços, enquanto os segmentos de tecnologia e elevadores serão combinados em uma nova divisão de Tecnologia, de acordo com comunicado da companhia.

Como parte desse movo modelo, a ThyssenKrupp reduzirá de oito para cinco o número de membros do conselho executivo. Assim, Juergen Fechter, chefe da divisão de inoxidáveis, e Karl-Ulrich Koehler, chefe da divisão aço, sairão do conselho em 31 de março deste ano e Wolfram Moersdorf não será substituído quando seu mandato terminar, em 14 de abril de 2009.

A companhia espera que a nova estrutura, a ser implementada até 1º de outubro deste ano, resulte em economia de 500 milhões de euros por ano. A ThyssenKrupp, maior siderúrgica alemã, tem mais de 199 mil empregados. As informações são da Dow Jones.