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Gim Argello deixa relatoria do Orçamento da União de 2011

G1

O senador Gim Argello (PTB-DF) decidiu nesta terça-feira (7) deixar a função de relator do Orçamento de 2011. Ele é suspeito de destinar verbas a institutos fantasmas, segundo reportagem publicada na edição do último domingo (5) pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. A saída de Argello se deve ao objetivo do governo de votar o Orçamento ainda neste ano.

Segundo o jornal, Argello encaminhou emendas ao Orçamento de 2010 no valor de R$ 1,4 milhões que acabaram em institutos de fachada. Um jardineiro e um mecânico seriam usados como “laranjas” no esquema.

De acordo com a reportagem, o esquema tem início com a destinação do recurso por meio de emendas do senador. Após liberado, o dinheiro é destinado para um instituto fantasma, que logo em seguida repassa a verba para uma empresa de marketing, que teria endereço falso e nome de laranja. As emendas de Argello constam em rubricas do Ministério do Turismo e da Cultura que, segundo o jornal, não costumam fazer a checagem presencial da prestação de contas dos serviços.

Nesta terça, Argello afirmou que pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria Geral da União (CGU) e à Procuradoria Geral da República que investigue a aplicação de recursos destinados por emendas parlamentares de sua autoria. Argello pediu que o caso seja investigado e afirmou não pensar em deixar a função de relator do Orçamento, como foi sugerido pelo presidente do PPS, Roberto Freire. “Não existe qualquer hipótese a este respeito”.

O senador afirmou ainda que o cronograma que prevê a votação do Orçamento até o dia 22 de dezembro está mantido e que as denúncias não devem contaminar o andamento dos trabalhos na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Ele reafirmou o que já tinha dito em nota divulgada nessa segunda-feira (6) de que cabe ao Executivo analisar a liberação das emendas e que as entidades que recebem os recursos precisam estar cadastradas no Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv). Na visão de Argello, nenhum parlamentar é obrigado a fiscalizar a idoneidade de entidades ou institutos para os quais destina emendas.
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