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Após reunião com Dilma, Garibaldi diz que será ministro da Previdência

G1

Após se reunir na tarde desta quarta (8) com a com a presidente eleita, Dilma Rousseff, na Granja do Torto, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse ter sido oficialmente convidado por ela para assumir o Ministério da Previdência no futuro governo.

“Ela me convidou para a Previdência e eu aceitei. Ela me disse que esperava que eu continuasse um trabalho que já está sendo realizado na Previdência com relação à reforma da gestão da Previdência, o fim das filas, pagamentos de uma forma mais ágil. E esperava que não apenas continuasse isso, mas pudesse melhorar”, afirmou.

Nesta terça (8), ao ser anunciado pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) como o indicado do partido para o cargo, Garabaldi afirmou não gostar da área para a qual estava sendo escolhido. "Não é muito do meu agrado", disse. Nesta quarta, afirmou que estava disposto a servir ao país.

Fator previdenciário
Ao deixar a Granja do Torto, o senador disse que é a favor do fim do fator previdenciário, mas fez uma ressalva, dizendo que é preciso discutir o assunto com cautela.

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'Presidente deve ficar feliz', diz Garibaldi sobre indicação a ministério 'Não é muito do meu agrado', diz Garibaldi sobre Previdência “Sou a favor [do fim do fato previdenciário]. Nós falamos nisso. É um ponto de desequilíbrio se ele vier a ser eliminado de uma hora para outra. Creio que precisamos caminhar. Sem ter um diagnóstico, não teremos condições de anunciar grandes mudanças.”

O fator previdenciário é um mecanismo que inibe a aposentadoria apenas por tempo de contribuição, antes da idade mínima de 60 anos (para mulheres) ou 65 anos (para homens). Quanto menor é a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício.

Estimativas indicam que o fim do fator provocaria um rombo que poderá chegar a R$ 40 bilhões anuais. No primeiro ano, o fim da regra de cálculo significaria um aumento de gastos no valor de R$ 4 bilhões.

Sobre a necessidade de se fazer uma reforma na Previdência, Garibaldi Alves disse que o mais urgente é concretizar uma “reforma de gestão”.

No entanto, afirmou que será preciso estudar mudanças capazes de reduzir o déficit na Previdência. “Uma reforma de gestão, eu sou favorável. A reforma da legislação, essa que é mais complexa, isso temos que estudar melhor”, disse.

A indicação de Garibaldi era reivindicada pelo PMDB, que também negocia outros quatro ministérios: Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Secretaria de Assuntos Estratégicos.
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