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Notícias / Economia

Redução de juro deve depender de números da economia

AE

A primeira reunião de 2009 do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os próximos dias 20 e 21, já tem um roteiro técnico e político definido. Pela avaliação dos economistas do Banco Central (BC), o governo “está ganhando a batalha das expectativas” e, “o mais provável”, é que haja mesmo um corte de pelo menos 0,25 ponto porcentual na Selic que está hoje em 13,75%. Mas a decisão de reduzir a taxa básica de juros vai depender explicitamente dos números da economia e dos preços, seguindo o pacto político anti-inflação existente entre o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma conversa recente, a equipe econômica e o Planalto selaram um acordo traduzido nesta frase: “Não será na base do seja o que Deus quiser”. A frase veio à tona diante da discussão sobre fazer um corte de juros no início deste ano para “sinalizar” a manutenção da política de crescimento econômico, mostrando aos investidores que o País trabalhará para não entrar em recessão.


Meirelles tem dito ao presidente da República que o BC está comprometido com a política antirrecessão, mas os dois têm concordado que o “pior dos mundos” seria o País conseguir manter a taxa de desemprego sob controle e segurar o poder de compra da sociedade, mas ver a demanda cair por causa dos preços altos. A “sinalização” do corte na Selic, disse na sexta-feira uma fonte da equipe econômica ao Estado, não pode desprezar, por exemplo, “eventuais sinais de repasse da alta do dólar aos preços das mercadorias brasileiras”.
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