As horas posteriores à derrota de 2 a 0 para o Mazembe escancararam o desejo de boa parte da diretoria colorada pela mudança de treinador para 2011. A decepção pela queda já nas semifinais do Mundial fez o clube pensar primeiro em Dorival Junior, depois em Abel Braga. Ambos têm vínculos com seus clubes (Atlético-MG e Al-Jazira, respectivamente), e a consequência foi que os dirigentes, aos poucos, foram aceitando a ideia de renovar com Celso Roth.

Os principais cartolas fizeram uma reunião em Abu Dhabi (Emirados Árabes). Nela, decidiram unificar o discurso sobre a permanência do treinador. As críticas, em entrevistas ou em papos informais, minguaram. Surgiu uma ideia de que a culpa não poderia ser colocada exclusivamente sobre os ombros de Roth. Na prática, a diretoria não chegou a um consenso. E aí pesou a vontade de Fernando Carvalho, o atual vice-presidente de futebol do Inter.

Mas a permanência de Roth ainda não é certa. Será preciso acertar as bases salariais do novo acordo. Se o treinador forçar a mão no pedido, será convidado a pegar o boné e zarpar do Beira-Rio. O Inter até faria esforços financeiros por ele em caso de título mundial. Sem o caneco, a situação mudou muito de figura.

As negociações acontecerão nos próximos dias. A renovação deve ser confirmada antes do fim do ano.