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Sindicalista espera posse desde o dia 20 na frente do Palácio do Planalto

G1

O sindicalista Robson Messias, 40 anos, está acampado diante do Palácio do Planalto, em Brasília, desde o dia 20 deste mês. Com apenas uma mochila, uma barraca pequena e algumas porções de castanhas do Pará, ele viajou cerca de 1,7 mil quilômetros, de Bom Jesus do Tocantins (PA) até a capital do país para ver de perto a posse da presidente eleita, Dilma Roussef, neste sábado (1º).

"Só volto para casa quando Dilma assumir a Presidência. Espero que ela olhe pelo povo, pela classe trabalhadora como Lula fez. Que ela não esqueça das bases dela e do PT. Gostaria muito que ela fizesse um governo com base comunitária", disse Messias.

Ele se orgulha de ter estado na primeira posse de Lula e depois da reeleição. “Ainda vou escrever um livro sobre as três posses, incluindo a da Dilma. Quero contar a história das três cerimônias. Me orgulho de ter sido o primeiro a chegar em todas elas, até mesmo nesta que vai acontecer neste sábado.”

Messias saiu de casa dia 19 de dezembro e demorou 24 horas para chegar a Brasília. " Não é sacrifício. Gosto do governo do PT, sou fã do Lula e espero muitas coisas boas do governo que a Dilma vai fazer", afirmou Messias.

O sindicalista chegou a se encontrar com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, e guardou boas recordações da rápida conversa. "Nem os seguranças do Palácio acreditaram que eu seria recebido pelo presidente. Depois que confirmaram meu nome na agenda de audiências, me fizeram vestir um terno e uma gravata. Fiquei pior do que estava, mas encontrei com Lula."

Messias lembrou que quase ficou sem um registro do encontro. " Quando fui bater uma foto, minha câmera ficou sem bateria. Levei dois tapinhas do Lula na minha cabeça. Indignado, o presidente chamou o fotógrafo oficial, que tirou a foto e me arrumou uma cópia. Confesso que também fiquei com a xícara que usei para tomar café com o presidente. Virou relíquia. Só espero que a PF [Polícia Federal] não confisque a xícara agora."

O sindicalista é um dos cerca de 15 mil habitantes de Bom Jesus do Tocantins e espera que Dilma concretize um sonho que Lula não realizou. "Pedi a Lula que visitasse minha cidade, conhecesse o povo de lá, mas ele nunca foi. Vou entregar uma carta para Dilma pedindo que ela assuma um compromisso de visitar a cidade. Quem sabe ela não vai?"
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