O secretário de Estado de Meio Ambiente, Alexander Maia, não descartou que o projeto de lei que institui o Zoneamento Sócio-econômico Ecológico (ZSEE) tenha componente político, conforme foi sugerido pelo parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

“O zoneamento teve a sua fase final em ano eleitoral e não se pode desconsiderar que houvesse componente político, embora não posso citar exemplos”, declarou em entrevista ao Olhar Direto durante a solenidade de posse em que foi retomado ao cargo assumido no ano passado após a saída de Luis Henrique Daldegan.

Para tentar amenizar a polêmica acerca de projeto, Maia parabenizou a atitude dos deputados de terem pedido a retomada do projeto para que as inconsistências sejam resolvidas. “Com o zoneamento deixamos nossa paixão de lado e elaboramos um relatório baseado em critérios técnicos”, enfatizou.

De acordo com Maia, o parecer do governador Silval Barbosa seria pelo veto total do projeto, portanto a atitude da Assembleia Legislativa é louvável. Ele explicou que no texto substitutivo aprovado pelos parlamentares altera categorias e descarta unidades de conservação e áreas indígenas sem apresentação de nenhum estudo para basear as mudanças.

Apesar da participação de representantes do governo nas 16 audiências públicas realizadas pela Assembleia para discutir o zoneamento, Maia destaca que a compilação dos dados ficou na responsabilidade dos parlamentares.