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Notícias / Ciência & Saúde

Usando contraceptivo, 584 mulheres dizem ter engravidado no Reino Unido

France Presse

Quase 600 mulheres engravidaram no Reino Unido, apesar de usarem um implante contraceptivo denominado Implanon, anunciou nesta quarta-feira (5) a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MRHA, em inglês) britânica.

Segundo a rede de televisão Channel 4, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) precisou indenizar com 200 mil libras (310 mil dólares, 235 mil euros) 14 mulheres que processaram seu médico por uma colocação defeituosa deste dispositivo e ficaram grávidas ou sofreram reações adversas.

O dispositivo, aprovado pelas autoridades sanitárias britânicas desde 1999, é uma pequena haste plástica flexível de cerca de quatro centímetros de comprimento, que é inserida sob a pele do braço da mulher e libera constantemente doses de gestágeno, um hormônio que atua como contraceptivo.

A MRHA informou em um comunicado que desde que autorizou o Implanon, em 1999, recebeu um total de 1.607 relatórios de 2.888 reações indesejáveis ao anticoncepcional, entre elas 584 casos de gravidez indesejada.

"Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz", afirma a agência.

Os problemas de inserção ou retirada do Implanon levaram o laboratório MSD a comercializar outro implante, o Nexplanon, que possui um aplicador destinado a reduzir os riscos de colocação defeituosa.

MSD indicou, entretanto, que tem "confiança na eficácia e na segurança do Implanon, um anticoncepcional receitado desde sua aprovação inicial em 1999".

"Se o implante não for inserido segundo as instruções e no dia correto, pode ocorrer uma gravidez indesejada", informou, no entanto, o laboratório, que lembra também que "nenhum contraceptivo é 100% seguro".
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