Imprimir

Notícias / Esportes

Somália será intimado para depor quarta-feira, diz polícia

G1

Após a polícia concluir que o jogador Somália forjou um sequestro-relâmpago, ele será intimado a comparecer a 16ª DP (Barra da Tijuca, na Zona Oeste), na próxima quarta-feira (12) para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Imagens do circuito interno do prédio do jogador provam que ele estava em casa no momento em que disse que teria acontecido o crime. “Esperamos ele fale a verdade e assuma seu erro”, disse o Allan Turnowski, chefe de Polícia Civil durante entrevista ao RJTV. O jogador responderá por falsa comunicação de crime, com pena prevista de 1 a 6 meses de prisão.

Segundo o Instituto de Segurança Pública, o número de comunicações falsas de crime com identificação do autor, aumentou. Em 2008, foram 136. Em 2009, 150 pessoas comunicaram crimes falsos. Em 2010, até outubro, o número já chegava a 150. O prejuízo deste tipo de crime é financeiro. Por ano, o estado do Rio perde até R$ 3 milhões só para atender comunicações falsas.

No ano passado, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) criou um lei que permite cobrar na conta telefônica o transtorno causado por quem passa trote. Na central do Corpo de Bombeiros, a cada dez ligações, uma é trote.

“Quando alguém passa um trote está comprometendo a eficiência. Quem está com risco de vida pode ter seu atendimento retardado, devido a esse tipo de conduta”, disse o tenente-coronel dos bombeiros, Alexandre Rocha.

Antes da lei ser criada, de janeiro a julho de 2010, o estado registrou 591 mil trotes, chegando a 12% das ligações. Após a criação da lei, os trotes caíram para 381 mil, de agosto a dezembro, totalizando 10% das ligações.

“Quando alguém faz isso, faz com que lugares que necessitem de polícia, fiquem sem patrulhamento, por exemplo”, afirmou Turnowski.

Entenda o caso Somália
Na quarta, o jogador chegou à delegacia afirmando que havia sido sequestrado às 7h15 e liberado às 9h40 por um homem armado e, por isso, faltou ao treino no Botafogo. Ainda segundo Somália, o suspeito teria roubado dinheiro e jóias. A polícia desconfiou de algumas contradições no depoimento do jogador.

“Ele afirmou que sabia que a arma se tratava de uma pistola. No entanto, disse que não se lembrava da cor. Posteriormente ele afirmou que era uma pistola preta. Além disse, ele se contradisse ao descrever que vestimentas o suspeito usava”, afirmou o inspetor da Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão (DEDIC) da 16ª DP, Robinson Maia.

Após o depoimento, os agentes solicitaram imagens do prédio e constataram que ele aparece no elevador no momento em que disse estar sob o poder do sequestrador. A polícia entrou em contato com o advogado do Botafogo, que afirmou que atrasos podem acarretar num desconto de até 40% no salário.
Imprimir