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Mendes admite que mínimo não é ideal e apóia reajuste parlamentar

Da Redação - Alline Marques

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes se demonstrou preocupado com as mazelas da sociedade e admitiu que o valor do salário mínimo brasileiro está longe do ideal. Apesar disso, o magistrado não é contrário ao aumento da remuneração dos deputados, que elevaram seus pagamentos em 61,8%, passando de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.

“O que queremos é elevar o salário mínimo, porque sabemos não atender sequer as necessidades básicas do trabalhador e sua família conforme prevê a Constituição Federal. Estamos muito distante do ideal”, afirmou durante entrevista ao site Olhar Direto.

O ministro destaca que fala sobre a questão do salário dos deputados é sempre delicado, mas alega que desde que haja critérios não me parece problema. “Isto é sempre uma questão delicada, mas desde que haja critério não me parece problema. Muitas vezes o salário é colocado de forma tão reduzida que sabemos que a pessoa não vive só com aquilo e acabam ocorrendo fraudes. Temos de buscar uma remuneração justa, mas se continuar ocorrendo desvio deve-se combater os desvios”, justificou.

O problema do aumento do salário dos parlamentares no Congresso não é apenas pelo valor, mas principalmente pelo efeito cascata. Isso porque, de acordo com a Constituição, os deputados estaduais podem receber até 75% do salário dos deputados federais. No caso dos vereadores, os salários podem variar de 20% a 75% dos vencimentos dos deputados estaduais, dependendo do tamanho do município.

Com isso, o reajuste salarial aprovado pelo Congresso Nacional deverá causar um prejuízo de R$ 1,8 bilhão nas contas dos municípios na próxima legislatura, conforme cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
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