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Novas espécies animais e arquitetura no segundo dia de Fashion Rio

G1

Você sabe o que é um Hanpanda? É um bicho metade panda metade outro animal criado pela artista japonesa Nagi Noda, que inspirou a coleção da Giulia Borges no segundo dia do Fashion Rio. A estilista desfilou seu inverno brincando com as duas metades em vestidos meio zebrados meio pontilhados de poás.

Até os sapatos seguiram as pegadas da nova espécie, misturando oncinha e zebra com pele na parte de trás. “O clima é pop, anos 60”, contou Giulia, que explorou também a dualidade na combinação de texturas no look em short de pele e blusa de renda.

Verde, laranja, preto, branco, bordô, lilás e caramelo coloriram a feminilidade selvagem e chique da estilista, que enfeitou os vestidos retinhos, de silhueta 60, com o bom humor de exagerados botões bijoux. Ponto para a combinação de coral e verde e para os incríveis sapatos combinando estampas felinas e pele.

Mãe da artista Louise Bourgeois inspira a Coven

Falando em bicho e arte, outra referência que vem se tornando cada vez mais constante na moda é a de Louise Bourgeois. A marca mineira Coven, conhecida pela beleza de suas tramas tricotadas e texturas, se inspirou na tapeçaria e mais precisamente na mãe de Louise, Joséphine Fauriaux, uma restauradora de tapetes.

A marca reinventou tweeds com ar grunge, e criou belos efeitos metalizados com fio de lurex, franjas, pedrarias e bordados. A silhueta veio justinha em vestidos mais compridos, delineando cada curva.

Leveza é uma especialidade da estilista Ana Magalhães, da Maria Bonita Extra, que pensou nos bastidores da dança para criar seu inverno. Tules com cardigãs e cachê-coeurs, polainas com sapatihas altas e baixas bem coloridas em amarelo, verde e vermelho.

Tons suaves como o rosa, o marrom e o azul envolvendo o corpo em formas esportivas. Na passarela, o cardigã sobre túnica de tule e body dançou com paletós acinturados sobre leggings brilhantes. Ponto alto: os vestidos torcidos em assimetrias como se estivessem enrolados no corpo em estampa de flores sobre listras lilás e pequenos riscos de amarelo.

Saião, pantalona e caramujonça na British Colony

Maxime Perelmuter, da British Colony, abriu seu desfile com um dos objetos de desejo da temporada: um saião longo de listras vermelhas sobre o branco. Na passarela, as saias longas, mais rodadas ou mais secas, franzidas com cinto, deram um banho de estilo no navy da marca.

O estilista reforça sua ligação com o mar inspirando o inverno em Steve Zissou e criando, assim como Giulia Borges, uma nova espécie sob a forma de estampa, o caramujonça.

Lindas as estampas étnicas inspiradas na assimetria dos cascos de tartaruga e nas etnias do Pacífico Sul. Na camisaria, Maxime brinca com as golas, que surgem ligeiramente exageradas. O stylist Daniel Ueda surpreendeu enrolando cintos nas botas para torná-las ainda mais robustas.

A arquitetura da Acquastudio

Nervuras tridimensionais, fitas entrelaçadas formando xadrez, efeitos flocados inspirados na obra do artista Sergio Camargo e laminados lembrando as superfícies espelhadas de metrópoles como Nova York construíram o inverno da Acquastudio.

Esther Bauman arquitetou a coleção em gelo, cinza, prata, grafite e camel voltando a desafiar a gravidade com vestidos e saias armados, arredondados e ombros em evidência. Hoje desfilam Gianechini e Mayana Moura na TNG, Walter Rodrigues no Instituto de Educação, Teca, Totem, com Yamê Reis na criação, e Printing.
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