O ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR), é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suposta participação no esquema que superfaturou R$ 44 milhões por meio do programa MT 100% Equipado. O inquérito foi instaurado por determinação do procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra.

Conforme reportagem do jornal A Gazeta desta sexta-feira (14), o procurador de Justiça determinou ainda o registro de toda documentação levantada pela 11ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que já propôs duas ações civis públicas contra os ex-secretários de Estado Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Geraldo de Vitto (Administração) e as 10 empresas que venderam caminhões e maquinários com preço supostamente superfaturado.

O inquérito civil foi instaurado no dia 22 de dezembro pelo procurador que é também coordenador do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco).

O inquérito civil é a primeira medida após o procurador-geral de Justiça determinar a investigação a pedido dos promotores que atuam na área do patrimônio público. É através desse procedimento que o Ministério Público poderá ou não propor ação civil contra Maggi ou determinar o arquivamento do caso.

Na portaria 01/2010 do Naco, o procurador afirma que a medida poderá encerrar eventuais dúvidas sobre o caso.

Outro lado - Responsável pela defesa de Maggi, o advogado Sebastião Monteiro afirmou ontem já esperar a decisão coordenador do Naco diante da determinação do procurador-geral. Diz ainda que a defesa está tranquila, já que o ex-governador tomou as providências para apurar o fato.