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"Acho que Clara é a assassina", diz Boaventura, que vive o policial Diogo

R7

A poucas horas do último capítulo da novela Passione (Globo), exibido nesta sexta-feira (14), o ator e cantor Daniel Boaventura, que vive o investigador Diogo na trama, só quer saber de comemoração.

Ele até tem seu palpite para a pergunta "Quem matou Saulo e Eugênio?". Para o artista, Clara (Mariana Ximenes) é a assassina.

Boaventura entrou de cara no eixo central da trama de Silvio de Abreu e, em pouco tempo, conquistou seu espaço no folhetim e junto ao público.

Dividido entre a música e a atuação, ele fez carreira atuando em grandes musicais como Chicago, A Bela e a Fera, Victor ou Vitória e My Fair Lady, entre outros. O moço acaba de lançar o disco Daniel Boaventura - Italiano, do qual cantou seis faixas durante o folhetim.

Na TV, participou de algumas novelas da Globo, como A Favorita, Laços de Família e Senhor do Destino.

Em conversa exclusiva com o R7, no escritório de seu agente, no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, o artista revelou que Diogo revolucionou sua carreira. Leia o bate-papo:

R7 - Como foi o convite para participar da novela?
Daniel Boaventura - O Silvio de Abreu já tinha me convidado para entrar em Passione, com a novela em andamento, mas ainda não tinha definido o papel. Era para eu entrar por volta do 90º capítulo, mas como eu estava fazendo a novela Cama de Gato, ele segurou um pouco e eu entrei no capítulo 125 para fazer o Diogo.

R7 - Você já sabia que o personagem teria o peso que teve na trama?
Boaventura - Não, não fazia a mínima ideia. Eu só sabia que seria um cantor. Mas, vi que o núcleo seria bom, pois iria contracenar com a Mariana Ximenes e depois com o Tony Ramos. Encarei isso como uma grande responsabilidade e achei corajoso do Silvio me dar essa oportunidade.

R7 - Você não achou um pouco exagerado um investigador de polícia se envolver com uma suspeita para investigar seus crimes?Boaventura - Por ser um folhetim, as situações e as coincidências beiram o realismo fantástico. Eu gosto muito dos filmes americanos e lá a coisa é mais pesada, os investigadores entram nas máfias para prender os gangsters e forjam situações muito mais complexas, se envolvem muito mais, como informantes e infiltrados. Então, é perfeitamente possível o Diogo se envolver com a Clara para descobrir uma série de crimes.

R7 - Quem você acha que matou o Saulo e o Eugênio?
Boaventura - É uma hipótese, claro, pois não sei mesmo, mas acho que Clara é a assassina. O Silvio de Abreu já disse que foi o mesmo assassino, então, como hipótese, acho que pode ter sido ela. Mas, não tenho certeza.

R7 - Vai aparecer um par romântico para o Diogo ao final da novela?
Boaventura – Realmente, não sei como o Diogo vai terminar, mas até o que sei, ele não se envolveu emocionalmente com a Clara, foi só o trabalho dele mesmo.

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R7 - Como foi o retorno do público para o Diogo?
Boaventura – Foi muito interessante pois, no quarto dia em que eu estava no ar, as pessoas já me reconheciam nas ruas como o Diogo. Eu atribuo o sucesso ao fato de o Diogo ter entrado num momento crucial da trama, em que tudo já estava armado, também o fato de estar num núcleo forte e numa novela no horário nobre, isso faz toda a diferença em relação aos outros papéis que já fiz na televisão.

R7 - E como está sendo o assédio das fãs?
Boaventura - O assédio tem vindo não só das fãs como dos fãs e de pessoas de todas as idades. Os homens brincam comigo por eu fazer o papel de um policial que está dormindo com a Clara. Algumas mulheres falam para eu pegar leve com ela, pois têm dó da personagem. São vários os tipos de comentários.

R7 - Qual o balanço que você faz da sua participação em Passione?
Boaventura - Embora seja um clichê, mas foi como ganhar dois presentes. Além de ganhar o papel de Diogo, que foi maravilhoso, ainda ganhei do Silvio de Abreu a ideia e o apoio para gravar o meu segundo CD, agora só de músicas italianas. Inclusive, o Diogo cantou seis músicas do CD na novela. Estou muito feliz e grato por isso.

R7 - Você já sofreu algum preconceito por ser músico e ator?
Boaventura - O preconceito normalmente vem de quem não domina o que faz. O público percebe se o cantor é fraco ou se o ator não convence. Existe o preconceito sim, mas eu canto há mais de 20 anos, e estou há dez anos fazendo musicais, não estou começando agora. Mas, uma vez, um amigo falou de mim para um médico que temos em comum, e ele disse: “Deve ser mais um ator que vai querer cantar”. Tempos depois, quando eu fui ao consultório, estava tocando o meu CD como fundo musical. E ele me disse: “Não sabia que você cantava”. Eu brinquei: “Pois é, e tem gente que discrimina”.
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