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Funcionários da Fiat na Itália aceitam acordo sobre condições de trabalho

G1

Os 5.500 operários da histórica fábrica Mirafiori da Fiat, em Turim, no norte da Itália aprovaram acordo que endurece suas condições de trabalho, e do qual dependia a sobrevivência da unidade.

O contrato marca uma dramática reviravolta na tradição italiana de relações trabalhistas, que vinham sendo baseadas em compromissos nacionais em vez de fábrica por fábrica.

Com o acordo, a Fiat promete investir 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão de dólares) para construir uma unidade moderna de produção de veículos Alfa Romeo e Chrysler em Mirafiori.

O presidente-executivo da empresa, Sergio Marchionne, que foi responsável pela compra de 25% da norte-americana Chrysler pela marca italiana, ameaçou enviar o dinheiro prometido para outros países se os trabalhadores rejeitassem as mudanças.

Em dezembro passado, a Fiat anunciou a construção de uma fábrica no Brasil em Pernambuco que consumirá investimentos de R$ 3 bilhões e será capaz de produzir 200 mil veículos por ano.
“Este é um acordo inovador que radicalmente muda as relações trabalhistas na Itália e deixa o país mais próximo de outras democracias do Ocidente”, disse o secretário-geral do sindicato Fismic, que apoia a proposta de Marchionne, Roberto Di Maulo.“A Itália é a última da classe em termos de investimento estrangeiro e produtividade e isso também se deve ao sistema sindical que é muito rígido”, acrescentou.

A fábrica em Mirafiori produz o modelo Punto e precisa de novos veículos para sobreviver. A unidade é a mais antiga da Fiat e se tornou um símbolo da indústria italiana desde seu estabelecimento em 1939.
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