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Ministro pede empenho máximo de secretários no combate à dengue

De Brasília - Marcos Coutinho

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pediu "empenho máximo" dos secretários estaduais de saúde no sentido de garantir um efetivo combate à dengue. O apelo foi feito durante reunião com 16 secretários de saúde em cujos Estados há elevado risco muito de enfrentar epidemia. Para Padilha, os entes federativos precisam estreitar a colaboração também ao máximo, e sugeriu parcerias com a associações, sindicatos, entidades de classe e com a iniciativa privada. 

Após o encontro, o ministro assegurou que vai visitar os 16 Estados para fazer "um check list" de todos os itens dos planos de contigência. "A dengue é (um problema) de todos nós e não de cada um", salientou Padilha, em entrevista coletiva, ao exortar a participação também do cidadão comum e um maior engajamento de toda sociedade organizada.  

"O Ministério da Saúde vai fazer a sua parte e não será por falta de recursos que vamos deixar de combater a dengue. E vamos ampliar nossas parcerias inclusive com a iniciativa privada", afiançou Padilha ao referirse às 500 empresas que têm poder de passar uma mensagem ao cidadão e entrar nos lares de milhões de brasileiros.

Em seu dicurso para os secretários, o ministro ressaltou “ter plena convicção de que a dengue, além dos desafios locais, será o primeiro grande desafio comum, nas três esferas de governo”.

Acompanhado dos secretários de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e de Gestão Estratégica e Participativa, Odorico Monteiro, o ministro Padilha reforçou a importância de ações integradas entre diversas áreas para o enfrentamento da doença, incluindo setor público (saúde, limpeza urbana, saneamento e abastecimento de água, educação, meio ambiente, etc.) e privado e organizações da sociedade civil.

No encontro, foi anunciado que as formas graves da doença e os óbitos suspeitos por dengue terão de ser informados ao Ministério da Saúde dentro de 24 horas. Uma portaria regulamentando a notificação deverá ser publicada nos próximos dias. "Os casos de óbitos terão que ser informados diariamente, enquanto os demais casos poderão ser  notificados semanalmente", acrescenta.

O monitoramento dos casos será feito por um sistema online, que está em fase de testes e deverá ser lançado nas próximas semanas. O sistema será alimentado por estados e municípios e poderá ser acompanhado em tempo real pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde – Ministérios e Secretarias Estaduais e Municipais. Serão utilizados mapas virtuais para mostrar a distribuição geográfica, indicando o município onde ocorreu o caso grave ou a morte por dengue.

A partir da implantação do sistema, o Ministério da Saúde fará monitoramento diário dos óbitos e semanal dos casos graves, em 70 municípios considerados prioritários no momento. “O acompanhamento minucioso nos permite identificar se houve problemas relacionados ao atendimento do paciente nas unidades de saúde”, explica o secretário Jarbas Barbosa.

Esses 70 municípios, incluindo 14 capitais, dentre as quais Cuiabá, foram definidos com a aplicação do critério de densidade populacional, previsto na ferramenta Risco Dengue, que identificou os 16 estados com risco muito alto de epidemia. O indicador de população foi utilizado nas 178 cidades com alto índice de infestação pelo mosquito transmissor, apontadas pelo Levantamento do Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em dezembro de 2010. Com informações compartilhadas pela assessoria do MS.
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