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Portugueses vão às urnas neste domingo

JN/G1

Os portugueses vão às urnas, neste domingo (23), para votar para presidente. E, lá em Portugal, quem ocupa esse cargo tem funções um pouco diferente das que são exercidas no Brasil.

A crise econômica que Portugal atravessa foi o principal tema da campanha. As pesquisas indicam que o atual presidente, Aníbal Cavaco Silva, do Partido Social Democrata, deve vencer no primeiro turno. O segundo colocado é o poeta Manuel Alegre, do Partido Socialista.

Ele é eleito pelo povo, vive em um palácio e representa o país. Mas no Brasil e em Portugal, a palavra presidente tem significados bem diferentes.

No sistema português, chamado semipresidencialista, quem nomeia ministros e governa é o primeiro-ministro, que é o líder do partido vencedor das eleições legislativas. O cargo é hoje ocupado pelo socialista José Sócrates.

Já o presidente tem nas mãos o que os portugueses chamam de bomba atômica: a qualquer momento, pode dissolver o Parlamento e demitir o primeiro-ministro. O presidente também pode vetar leis.

Os próprios portugueses se dividem quanto à importância do cargo.

“Não tem muita importância. O presidente pode, de maneira informal, encaminhar as coisas, ir corrigindo as situações”, diz um homem.
“O presidente, neste momento, faz toda a diferença”, afirma uma mulher.

Os cargos de presidente e primeiro-ministro se complementam. Mas Sócrates e Cavaco são de partidos diferentes, e vivem em um clima permanente de tensão política. Durante a campanha, os candidatos se preocuparam em não assustar os investidores. Neste momento, uma crise em qualquer palácio teria reflexos imediatos na economia.

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