Escolhido pela bancada para ocupar o cargo de líder do PSDB na Câmara em 2011, o deputado Duarte Nogueira (SP) prometeu uma oposição firme ao governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo o tucano, o partido fiscalizará a gestão e apontará erros do Planalto.

'Temos a tarefa de fazer uma responsável e contundente oposição e nos prepararmos para as eleições municipais. É tarefa da bancada ajudar nesta preparação, dar suporte aos governadores e divulgar suas ações exitosas. Exerceremos um papel provocador. Até porque a presidente Dilma já expressa desânimo com as reformas', disse.

Nogueira afirmou que o PSDB vai lutar para aprovar no Congresso Nacional um salário mínimo de R$ 600. O valor, que encampou o discurso do candidato derrotado à Presidência José Serra (PSDB), está acima dos R$ 545 que o Executivo defende e do que os R$ 580 que as centrais sindicais reivindicam.

O discurso do líder tucano mostra que o papel de oposição dos tucanos será de fato maior no Congresso Nacional. Isso porque os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Antonio Anastasia (PSDB), têm defendido em seus pronunciamentos uma maior cooperação com o governo federal, inclusive, com promessas de boa administração.

Na reunião que conduziu Nogueira para a liderança do partido, também foi definido que o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) será o tucano que vai ocupar um cargo na mesa diretora da Câmara. Já o deputado Paulo Abi-Ackel (MG) será o líder da minoria na Casa.

Os parlamentares do PSDB ainda manifestaram apoio à recondução do senador Sérgio Guerra (PE), eleito deputado federal, para a presidência da legenda. A eleição deve ocorrer no final de maio. Desta forma, acaba as especulações de que Serra, que não tem mais cargo público, possa suceder Guerra no posto.