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Acusado de matar prefeito de Jandira responderá também por corrupção

JG/Globo

Em Jandira, na Grande São Paulo, o ex-secretário acusado de mandar matar o prefeito da cidade também vai responder pelos crimes de corrupção e enriquecimento ilícito. A polícia acredita que ele se associou ao crime organizado para desviar dinheiro dos cofres públicos.

O fim da perícia policial bota o ex-secretário de Jandira na mira de outra investigação. Três enormes terrenos comprados por R$ 10 milhões e todos pelo mesmo Wanderley Lemos de Aquino.

“São diversos imóveis que é incompatível com a vida de um funcionário público”, afirma o delegado Tadros.

O relatório da investigação assinala que o informe de rendimentos de Aquino demonstra um ganho anual de apenas R$ 63.800 mil.

O ex-secretário de Habitação e Obras de Jandira está preso acusado de mandar matar o prefeito da cidade. Agora, vai responder também por corrupção e fraudes.

Em Jandira, falta médico no único hospital municipal. Mais de 600 crianças estão sem creche e também falta moradia para famílias em áreas de risco.

Mas segundo a polícia, sempre sobrou dinheiro no bolso do ex-secretário agora preso. A investigação demonstra que Wanderlei de Aquino enriqueceu durante os dois anos em que esteve na prefeitura de Jandira. Ele é acusado de usar empresas de fachada para desviar fortunas em dinheiro público.

“Tem empresas dele que participavam de licitações de contratos com a prefeitura. Isso fere toda moralidade pública”, diz o delegado Zacharias Tadros.

Um dos negócios dele sob suspeita é o comércio de esmeraldas. A polícia concluiu que o ex-secretario de Jandira estava vendendo 20 lotes de pedras preciosas pelo valor de R$ 7.840 milhões.

“É todo um grupo que obviamente o Wanderlei exerce uma posição de mando dentro desse grupo, mas existem outras pessoas que estão sendo investigadas e a polícia deve dentro em breve esclarecer esses nomes.

O ex-secretário Wanderley Lemos de Aquino nega todas as acusações.
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