As ações de combate à leishmaniose foram intensificadas em Rondonópolis atendendo a recomendação da 6ª Promotoria de Justiça Cível. O pedido foi feito com o objetivo de combater à proliferação da doença na cidade. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da equipe do Núcleo de Vigilância Ambiental, realiza diariamente inspeções em terrenos baldios e residências visando identificar os principais tipos de criadouro. O gerente do Núcleo da Vigilância Ambiental, Edgar da Silva Prates, pede a parceria dos meios de comunicação local para auxiliar na Campanha.

Edgar esclarece que a doença não é transmitida diretamente do cão para o ser humano, e sim pela picada do mosquito flebótomo contaminado. Segundo ele, o mosquito flebótomo, ao contrário do aedes aegypti, não coloca os ovos na água, mas em matéria orgânica em decomposição.

Neste sentido, o biólogo José Márcio da Silva, alerta para que os donos de cachorros e gatos não abandonem os animais quando suspeitarem do contágio. “Na dúvida procurem um veterinário ou encaminhe seu animal ao Centro de Controle de Zoonozes – CCZ. Abandonar o cão, por exemplo, pode contribuir com o aumento das agressões caninas contra pessoas ou espalhar outras doenças, como a raiva”, disse.

De acordo com o biólogo, José Márcio, o mosquito se reproduz em material orgânico em decomposição, como resto de frutas, folhas e terrenos sujos. “Precisamos de atenção. Em Rondonópolis existem muitos pés de mangas e as pessoas não têm consciência de que é necessário recolher a fruta do chão. Tanto nos casos de dengue como de leishmaniose, o maior vilão é a falta de manutenção e limpeza dos terrenos”, conclui.