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Notícias / Meio Ambiente

Assistentes de quatro patas farejam dados da vida selvagem

iG

Os cães farejadores de esterco estão ficando cada vez mais populares entre cientistas, como assistentes para coletar dados sobre regiões de vida selvagem.

Os cachorros podem ser treinados para farejar as fezes de outros animais, ajudando pesquisadores a estimar estatísticas populacionais.

Porém, segundo uma nova pesquisa em “The Journal of Wildlife Management”, a habilidade dos cães em farejar fezes pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a temperatura do ar e precipitações (chuvas).

“Nós realmente queríamos entender quais eram alguns dos fatores que limitam as habilidades caninas de detecção”, afirmou Sarah Reed, principal autora do estudo e bióloga conservacionista da Universidade Estadual do Colorado.

O estudo faz parte de sua pesquisa de pós-graduação para a Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Reed e seus colegas descobriram que a chuva exercia o maior impacto sobre as habilidades dos cães. Eles têm mais probabilidades de encontrar fezes entre maio e outubro, quando o tempo é mais seco, pois as fezes acabam se acumulando.

A temperatura do ar também parece surtir algum efeito, já que os cachorros não conseguem farejar tão bem quando estão superaquecidos e ofegantes. O efeito exato depende da tolerância ao calor específica de cada cachorro, disse Reed.

Ela espera que outros pesquisadores criem ferramentas de calibragem, para medir o desempenho de detecção dos cães em diferentes condições.

Apesar de suas limitações, os cachorros são muito mais capazes de encontrar fezes do que os seres humanos.

Cães treinados conseguem detectar fezes a até 10 metros de distância em 75 por cento das vezes, segundo os pesquisadores.

Os humanos, por outro lado, só identificam as fezes num raio de 1,5 metros.
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