A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (31), em entrevista na Argentina, que torce para que o Egito seja “um país democrático”. Há uma semana, a população do país realiza fortes protestos e exige a renúncia do presidente Hosni Murabak, no poder há 30 anos.

“O governo brasileiro olha com expectativa a situação do Egito e torce para que seja um país democrático, que leve seu povo a ter todas as condições de desfrutar o desenvolvimento, porque é o maior país, o mais populoso do Oriente Médio”, afirmou Dilma na base área de Buenos Aires, antes de embarcar de volta ao Brasil.

As manifestações no Egito já provocaram, pelo menos 100 mortes desde a última terça-feira (25). Nesta segunda, o governo do Egito nomeou novos ministros, em uma tentativa de contornar a crise política provocada pelos protestos. Por um decreto de Mubarak, foram indicados novos ministros das Finanças e do Interior.

As manifestações continuaram nesta segunda país afora, mas pacíficas, ao contrário do que ocorreu antes. Soldados assistiam a tudo sem interferir. Bancos, a bolsa de valores e o comércio local estão fechados, e o toque de recolher continuava.

Na tarde desta segunda, o governo brasileiro divulgou nota em que desestimula a viagem de brasileiros ao Egito durante o período em que estiverem acontecendo os protestos no país. Na nota, o Itamaraty afirmou que espera que não haja repressão violenta contra os manifestantes.