Nesta terça-feira (1º) nove ortopedistas, entre contratados e funcionários de carreira, apresentaram à direção do Hospital Regional de Rondonópolis um pedido de rescisão de seus contratos e serviços de plantão. Os médicos ressaltam que trabalham há três anos e meio sem reajuste salarial, direito a férias e décimo terceiro salário.

Segundo os profissionais, há vários meses eles tentam negociar com a Secretaria Estadual de Saúde e a direção do hospital uma forma diferente de contratação que garanta os benefícios. Sem êxito, os profissionais resolveram pelo desligamento total da unidade.

Hoje, os ortopedistas são pagos pelo Estado, através de empresas abertas por cada médico. Cinco são funcionários de carreira e estes vão manter 30% do atendimento, com exceção dos plantões. Já os outros quatro profissionais, que são contratados, não vão mais atuar na unidade. Os nove vão cumprir 30 dias de trabalho.

A reportagem tentou entrar em contato por inúmeras vezes com a diretora do Hospital Regional, Rosana Zucato, mas não foi atendida. Em uma entrevista por telefone nesta manhã a uma emissora de televisão local, Rosana explicou que o pedido de rescisão dos médicos será encaminhado para a Secretaria Estadual de Saúde.

A diretora falou ainda que a Secretaria contratou os médicos plantonistas há cerca de três anos como forma de amenizar a situação existente na época. Segundo ela, as discussões em torno das atuais reivindicações seriam ampliadas após a implantação do novo modelo de gestão dos Hospitais Regionais do Estado pelo novo secretário estadual de Saúde, Pedro Henry.

Em torno de 70% dos atendimentos realizados no Hospital Regional de Rondonópolis são de ortopedia. Além da população do município, outras 19 cidades da região Sul também são atendidas pela unidade.


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