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Assembleia não pode virar 'clube de amigos', critica Percival

Da Redação - Pollyana Araújo

O deputado oposicionista Percival Muniz (PPS) se diz preocupado com a postura adotada pela Assembleia Legislativa em "não demonstrar interesse em fiscalizar o Executivo, mas somente contribuir". Ele teme que o Legislativo se torne um “clube de amigos”.

“Não podemos abrir mão de cumprir o papel de fiscalizar e de ser a voz do cidadão. Não podemos transformar a AL num clube de amigos”, disse o parlamentar, logo após a posse da nova Mesa Diretora, comandada pelo deputado José Riva (PP), e dos novos deputados, em solenidade nesta terça-feira (1º).

Dizendo atuar em defesa dos interesses da população, Percival avaliou que algumas colocações e críticas são importantes para alertar o governo, assim como aconteceu hoje, quando o governador Silval Barbosa (PMDB) garantiu que vai tomar providências sobre a morte dos índios de uma aldeia Xavante de Campinápolis (a 564 quilômetros de Cuiabá) e contra o descaso para com a saúde pública, denunciada pelo líder do PPS.

“Hoje a minha fala de três minutos repercutiu no discurso do governo”, exemplificou, ao cobrar que algumas questões precisam ser revistas, como, por exemplo, os incentivos fiscais concedidos aos produtores de algodão e a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos produtores de soja.

Percival é um dos seis deputados integrantes do bloco de oposição, consolidado ontem.

Além de Muniz, o bloco de oposição será composto pelos deputados Luciane Bezerra (PSB), Zeca Viana (PDT), Guilherme Maluf (PSDB), Dilmar Dal Bosco e José Domingos Fraga, ambos do DEM. Isso se o DEM decidir não se aliar ao governo ou se Silval não aceitar as condições impostas pela direção do DEM.
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