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‘Vamos para o corpo a corpo’, diz líder petista sobre disputa na Câmara

G1

Com a proximidade da eleição para a presidência da Câmara, nesta terça-feira (1º), a bancada do PT vai adotar o "corpo a corpo" para tentar garantir a vitória de Marco Maia (PT-RS) ao cargo sem a necessidade de um segundo turno. Maia disputa a presidência com outros três deputados –Sandro Mabel (PR-GO), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ).

O líder da bancada petista na Casa, deputado Fernando Ferro (SP) avalia que a vitória de Maia dependerá de estratégia. “Agora vamos para o corpo a corpo no plenário para garantir que cada deputado respeite a proporcionalidade”, diz Ferro.

Meia hora antes do início da votação no plenário, marcada para ocorrer 18h, a bancada petista na Câmara se reuniu para uma última orientação. O ministro das Relações Institucionais foi responsável por organizar a estratégia final. A abordagem a deputados no plenário será a última carta a favor de Maia nesta tarde.

Dos três concorrentes de Maia, o principal oponente do petista é Mabel, que apresentou sua candidatura na última semana e vem fazendo campanha junto ao grupo de deputados insatisfeitos com a partilha de cargos no Planalto.

Na avaliação do líder do PT, uma eventual derrota de Maia seria algo “surpreendente”: “Seria realmente uma surpresa. Seria como se o Íbis [considerado o pior time do mundo] conquistasse o campeonato nacional.”

Sobre a insatisfação de deputados com o Planalto, Ferro afirma que apenas esse fator não seria suficiente para derrubar o projeto petista: “Só insatisfação não ganha eleição. Agir movido por insatisfação significa partir para o confronto total.”

Para vencer no 1º turno da eleição, o candidato ao comando da Câmara terá de atingir 257 votos. Se obter número inferior a votação irá para segundo turno com chance de os deputados adversários de Maia se unirem para derrotar o candidato de preferência do governo.

O petista Marco Maia é o candidato de preferência do Planalto e tem o apoio de 21 partidos da Casa, dentre eles o PMDB, PSDB e DEM. Apesar do favoritismo, nos corredores na Câmara nesta tarde o que se falava nas rodas de conversa dos deputados é que um segundo turno na votação poderia colocar em dúvida a vitória do petista.

Entre os três concorrentes de Maia, apenas Alencar tem o apoio do próprio partido na disputa. Mabel e Bolsonaro lançaram candidaturas avulsas contra a determinação de suas siglas, que apoiam Maia.
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