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Brasileiros voltam do Mundial de Para-Atletismo com 30 medalhas

JN/Globo

A delegação brasileira que conseguiu o terceiro lugar geral no Mundial de Para-Atletismo, na Nova Zelândia, chegou na noite de terça a São Paulo.

Eles achavam que tinham vivido todas as emoções. "Você ser reconhecido, ser recebido por vocês da imprensa, acho que uma emoção dessa fica guardada na cabeça", disse Lucas Prado, que conquistou três ouros no Mundial.

Foram 30 medalhas no total, 12 delas de ouro. O sucesso na Nova Zelândia tem uma boa dose de bastidores. Dois anos antes do Mundial, uma equipe de técnicos começou um levantamento que apontou as chances de medalhas em cada modalidade.

“Identificou quem tava com déficit de força, quem tava com déficit fisiológico e começou a direcionar o treinamento deles junto com os treinadores de base, para que eles chegassem ao Campeonato Mundial da melhor maneira possível”, explicou o coordenador técnico Ciro Winckler.

Investimento de R$ 1 milhão. Dos 25 para-atletas brasileiros que competiram, 19 ganharam medalhas.

"Com a metade de atleta da China, nós conseguimos ficar em terceiro lugar. Se houver um pouco mais de apoio, o primeiro não vai demorar pra vir não", afirmou Odair dos Santos, três ouros no Mundial.

Nos próximos Mundiais, a meta é aumentar o número de atletas cadeirantes e que usam próteses. Na Nova Zelândia, eram apenas três brasileiros nessas modalidades.

"Percebe que Inglaterra quase bateu a gente nessa modalidade: cadeira de roda. Estados Unidos: prótese. Então, a gente precisa melhorar pra ficar de igual pra igual o tempo todo", defende o diretor técnico Edílson Rocha.

Os atletas mostraram que o investimento pode transformar reais em ouro. "Valeu Brasil, essa é pra vocês”.
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