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Rússia identifica autores de atentado a aeroporto

R7

A polícia russa realiza neste domingo (6) uma caçada atrás de dois moradores da região da Inguchétia que as autoridades acreditam ser os responsáveis pelo ataque ao aeroporto de Domodedovo,em Moscou, há duas semanas, informou a agência de notícias Interfax.

Policiais russos que atuam no norte do Cáucaso disseram acreditar que Magomed Yevloyev, de 20 anos, foi o suicida que se explodiu no ataque que matou 36 pessoas no mais movimentado aeroporto do país.

Ninguém clamou responsabilidade pela ação, em 24 de janeiro, mas ela teve todas as características das realizadas por rebeldes islâmicos da região, que tentam criar ali um Estado islâmico independente. Eles prometeram realizar outros ataques através da Rússia antes da eleição presidencial de 2012.

Um oficial, que não teve a identidade revelada, afirmou que dois homens que constam na lista de procurados das autoridades russas estão desaparecidos. Ele afirmou que ambos, junto com o homem-bomba, deixaram o vilarejo de Ali Yurt, a sudoeste da maior cidade da Inguchétia, Nazran, alguns dias antes do ataque em Moscou.

O líder rebelde Doku Umarov prometeu em um vídeo postado na internet na última sexta-feira (4) levar “sangue e lágrimas” à Rússia neste ano. Ele afirmou ainda que um rebelde ao seu lado no vídeo, que ele chamou de Seifullah, está planejando “uma operação especial”.

O vídeo, de 12 minutos, foi postado em diversos sites ligados a grupos rebeldes e não fez referência ao ataque de 24 de janeiro. Também não foi possível identificar quando ele foi filmado, levando a mídia russa a especular que a gravação é anterior ao atentado e que Seifullah seria, na verdade, o homem-bomba. O jornal de oposição Novaya Gazeta disse que ambos são, de fato, muito parecidos.

Uma década depois que as forças federais retiraram os separatistas do poder após duas guerras na Tchetchênia, outra Província do Norte do Cáucaso, a região está contaminada pela violência novamente.

A pobreza na Inguchétia foi o principal motivo de uma rebelião há dois anos, mas a violência agora parece ter se movido para o Daguestão.
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