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Procura por passaportes aumenta 25% em janeiro na PF do Rio

Agência Brasil

O momento econômico de recuperação salarial e o câmbio favorável estão impulsionando as viagens internacionais e provocando um forte aumento na procura por passaportes. Só em um posto da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, no Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim, houve aumento de 25% nos pedidos em janeiro deste ano, comparado com igual período do ano passado.

Enquanto o número de pedidos foi de 5.170 em janeiro de 2010, este ano chegou a 6.488 no mesmo mês. O crescimento também acompanha a tendência verificada no total de agendamentos em 2009 na cidade do Rio de Janeiro, de 123 mil, comparado com 2010, de 152 mil.

O aumento reflete o maior número de brasileiros viajando para o exterior e ajuda a lotar o sistema de marcação e os postos da PF, o que provoca demora de até 80 dias entre agendar o atendimento pela internet e receber o documento.

Para reduzir este prazo, foi montada nos postos do município do Rio uma operação emergencial, com o recrutamento de 15 agentes de outros setores, a ampliação nos horários de atendimento e a compra de novas estações de trabalho, que ainda dependem de licitação.

“Nós aumentamos o número de servidores no setor de passaportes, ampliamos os horários, que antes eram de segunda a sexta, de 7h às 19h, e que hoje começam das 4h até as 19h. Nos finais de semanas e feriados, trabalhamos de 8h às 16h. Os postos nos shoppings, que trabalhavam de 10h às 19h, agora estão de 10h às 22h”, detalhou a chefe do Núcleo de Passaportes da PF do Galeão, Débora Pimentel.

Além das 400 vagas diárias abertas via agendamento pela internet, a PF ainda disponibiliza mais cerca de 40 vagas extras para pedidos emergenciais, com atendimento no dia seguinte, para casos de estudo, trabalho, morte ou doença.

Mas mesmo com os esforços em ampliar o atendimento, ainda é preciso planejamento para quem vai viajar ao exterior, pois entre preencher o formulário eletrônico na internet e receber o passaporte leva de dois a três meses. No núcleo da PF do aeroporto, cerca de 50 pessoas aguardavam na tarde de hoje (8) para serem fotografadas e terem as digitais registradas ou para retirar o documento.

“Eu entrei com agendamento em novembro do ano passado, este prazo tem que melhorar. Mas para isso o Estado tem que dar condições de trabalho para a Polícia Federal. Eles estão sobrecarregados e a culpa não é deles. Aqui não é a raiz do problema, é só onde ele aparece”, comentou Patrícia Souza, que trabalha na área de negócios esportivos e aguardava o documento para embarcar, na próxima semana, para os Estados Unidos.
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