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Notícias / Meio Ambiente

SE: ambientalistas e voluntários se unem para proteger tartarugas

Globo

No litoral de Sergipe, as tartarugas marinhas estão no período de reprodução. E é nesta época que aumenta o esforço de voluntários e de biólogos para proteger os ninhos.

Ao longo da praia, estacas de madeira marcam os ninhos. Cada um tem em média 120 ovos de tartaruga oliva. No litoral de Sergipe, fica a maior maternidade dessa espécie no país.

Mas não é fácil para os filhotes chegar até o mar, os riscos são muitos. Isso porque as tartarugas desovam na areia, sempre nos mesmos lugares onde nasceram há 30 anos.

Mas em três décadas a praia mudou e os ninhos agora dividem o espaço com bares e banhistas.

"Realmente existia o risco de perder as desovas, o pisoteio intenso em cima do ninho realmente pode matar o ninho", explica a bióloga Jackeline Castilho.

Durante muito tempo, as desovas eram levadas para locais cercados e longe das áreas onde ficam banhistas e bares. Só que os biólogos perceberam que remover os ninhos da praia não era a melhor maneira de sensibilizar as pessoas sobre as áreas que sempre foram das tartarugas.

Placas, cartazes, orientação. A estratégia é educar para que as gerações aprendam a conviver com as primeiras moradoras do lugar.

“Nós, humanos, é que temos que nos adaptar a isso, e não elas se adaptar à gente. Esse é o foco da campanha”, conta a bióloga Jamile Argolo.

O trabalho de técnicos e voluntários está ajudando a proteger as desovas. "A gente explica que não pode mexer, não pode pisar, não pode arrancar nenhuma estaca”, diz o comerciante Davi dos Santos.

"Nós, turistas, temos que colaborar, fazer a nossa parte. A minha filha está vendo e vai guardar para o resto da vida e vai passar para os filhos e netos”, acredita o professor Gerson Martins.
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