Imprimir

Notícias / Política MT

Veículos poderão ter equipamento que detecta combustível adulterado

De Brasília - Vinícius Tavares

Dois pesquisadores da Universidade Federal de Campinas (Unicamp) fizeram uma demonstração na Câmara nesta quarta-feira (9) de um equipamento que detecta se o combustível foi ou não alterado. O dispositivo é composto por luzes colocadas no painel dos veículos que acendem o combustível foi modificado.

É uma espécie de "bafômetro dos carros" para modelos bicombustíveis, os chamados "flex". No caso da gasolina, as luzes de acendem se o percentual de álcool anidro for superior a 25%. O mesmo ocorre quando é colocada água no álcool. O equipamento foi desenvolvido nos laboratórios da Unicamp, sob a coordenação do pesquisador brasileiro Wagner Main e pelo italiano Carlo Martinotti.

“Nosso objetivo é mostrar que o produto está pronto para ser usado pelas montadoras. Trata-se de um sistema fácil, econômico e que pode ser um aliado ao combate às fraudes promovidas pelos revendedores de combustíveis”, afirmou Main

A divulgação do equipamento foi organizada pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR), que é o autor do projeto de lei 7.433/2010. O projeto altera o aertigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro e inclui o detector de combustível adulterado entre os equipamentos obrigatórios.

Segundo ele, o projeto estava arquivado porque não havia sido aprovado na última legislatura. “Já pedi o desarquivamento do projeto. Minha intenção é evitar que os consumidores sejam logrados tanto por estragos nos motores quanto com prejuízos decorrentes da falta de rendimentos dos veículos”, justificou.

O custo deste equipamento ainda não foi formulado, mas ele pode ser colocado em qualquer carro popular. Os pesquisadores já iniciaram contatos com a Fiat. A cada ano saem das fábricas 3,5 milhões de carros por ano.
Imprimir