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Decisão sobre dinheiro atribuído a Maluf seguirá com Justiça dos EUA

G1

 A Justiça de Jersey, nos EUA, negou pedido para transferir para o Brasil o destino sobre o dinheiro bloqueado que é atribuído à família do ex-prefeito Paulo Maluf. A Justiça da ilha no Canal da Mancha decidiu que vai julgar a repatriação de uma fortuna encontrada em seus bancos. Os advogados de Maluf dizem que não vão se manifestar sobre decisões da Justiça do país.
A decisão acaba de chegar ao Ministério Público de São Paulo. O juiz Philip Bailhache concluiu que se o dinheiro está depositado em Jersey, a ilha é o local apropriado para o julgamento. Além disso, disse que é preciso levar em conta a determinação da Corte de colaborar no combate à lavagem de dinheiro.
Na pequena ilha do Canal da Mancha, estão bloqueados US$ 22 milhões de duas empresas internacionais que, segundo a Promotoria, pertencem à família do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, hoje deputado federal. O bloqueio também atinge US$ 92 milhões em ações da Eucatex, dinheiro também atribuído à família Maluf.
O Ministério Público diz que toda essa fortuna em Jersey, o equivalente a R$ 190 milhões, é fruto de corrupção e acusa o ex-prefeito de desviar dinheiro público para abastecer contas ilegais no exterior. Paulo Maluf nega as acusações e diz que nunca teve dinheiro fora do Brasil.
O juiz de Jersey chama a atenção para o fato de que a família Maluf está interessada na defesa das empresas que tiveram o dinheiro bloqueado. Os advogados queriam que Jersey abrisse mão do bloqueio e ainda mandasse o caso para a Justiça brasileira, mas a Justiça de Jersey não concordou.
A Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público estão pedindo a repatriação de todo o dinheiro bloqueado em Jersey, pois entendem que os dólares devem ser devolvidos para os cofres municipais. A Justiça de Jersey concordou que o pedido deve ser levado a julgamento.
O deputado federal está com bens bloqueados pela Justiça brasileira. Ele tem também prisão decretada em Nova York por suspeita de conspiração para esconder dinheiro supostamente roubado. A foto dele ainda está no site da Interpol, quando se pesquisa pela lista de procurados.
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