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MP pede que filho de ex-modelo fique sob guarda provisória da avó materna

G1

O Ministério Público do Rio informou, nesta segunda-feira (14), que ajuizou, por meio da 5ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital, uma Representação Administrativa em face da ex-modelo Cristina Mortágua, por causa da agressão física e psicológica que ela teria cometido contra seu filho adolescente.

Segundo o MP, a promotora de Justiça Renata Carbonel solicitou que o rapaz de 16 anos tenha a guarda transferida provisoriamente para a avó materna. O MP pediu também um estudo social e psicológico da família. O adolescente é fruto de um relacionamento entre Cristina e o ex-jogador de futebol Edmundo.

O Conselho Tutelar, já havia sugerido ao MP, na última quarta (9), que a guarda provisória do filho da ex-modelo fosse dada à avó materna.

Ainda segundo o MP, no último dia 7, o menor foi até a 16ª DP (Barra da Tijuca), onde registrou uma ocorrência contra a mãe. O estudante informou à polícia que foi xingado e agredido pela ex-modelo. Na representação do MP consta que Cristina declarou à polícia e à imprensa que as agressões foram motivadas por seu inconformismo quanto à “homossexualidade e o suposto uso de drogas” pelo filho. Ela também alegou estar sob efeitos de medicamentos controlados para tratamento de transtorno bipolar.

O G1 entrou em contato com o advogado dela, Sylvio Guerra e aguarda retorno.

No dia 7, a delegada da 16ª DP, Daniela Rebello, disse que na ocasião levou uma "joelhada" da ex-modelo na altura do estômago após uma discussão. Cristina Mortágua foi presa em flagrante pelos crimes de desacato, resistência e injúria, mas responderá aos processos em liberdade. Como não pagou a fiança de R$ 6 mil, ela ficou presa na carceragem da Polinter, em Magé, na Baixada Fluminense, e foi solta no dia 9.

Situação vexatória, diz promotora
Para a promotora Renata Carbonel, o adolescente foi exposto a uma “situação vexatória e constrangedora, atentando contra sua dignidade”. Além do pedido de ter a guarda repassada provisoriamente para a avó, o adolescente também começaria a receber visitas domiciliares de conselheiros tutelares, que vão averiguar a segurança no ambiente familiar do jovem.

O MP pediu, em caráter de urgência, a realização de audiência especial com os pais do menor, a avó e a empregada da família.

“Assim, o que se vê é que o adolescente se encontra em evidente situação de risco, o que justifica a presente medida, que visa a não apenas garantir seus direitos fundamentais, mas, também, a fixar responsabilidades para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirmou a promotora.

Como aconteceu a briga na delegacia
De acordo com a polícia, o filho de Mortágua foi na segunda-feira (7) à delegacia prestar queixa de agressão contra a própria mãe. Segundo policiais, ele estava acompanhado da empregada doméstica da família.

A delegada Daniela Rebello decidiu ouvir mãe e filho juntos e, durante o depoimento, a ex-modelo começou a gritar e xingar. Segundo a delegada, Mortágua atirou um telefone celular contra o filho. A delegada, então, solicitou que a ex-modelo saísse da sala.

Aparentemente transtornada, segundo policiais, Mortágua gritou e começou a bater em veículos que estavam no pátio da delegacia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser chamado, mas a ex-modelo recusou atendimento.

A ex-modelo foi novamente chamada pela delegada, que informou que, durante uma discussão, ela levou uma "joelhada". Mortágua foi imobilizada e autuada em flagrante, segundo a polícia.
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