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PSDB adere bloco de oposição mas não quer reedição de MT Muito Mais

Da Redação - Alline Marques

A executiva estadual do PSDB decidiu aderir ao bloco de oposição, liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), porém  o deputado estadual Guilherme Maluf destacou que não quer reedição do Mato Grosso Muito Mais, que tem o empresário Mauro Mendes (PSB) como favorito na disputa para 2012, em Cuiabá. Isso porque, o tucano também é pré-candidato a prefeito da capital 

O grupo será denominado de “Frente de Oposição” e a decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (15) em reunião realizada na sede do partido. O bloco irá para o enfrentamento e combaterá o governo de Silval Barbosa (PMDB) e ainda buscará o respaldo do DEM e do PTB para dar mais respaldo à “aliança” que trabalhará em conjunto na Assembleia Legislativa.

Apesar de terem estado em lados opostos, os tucanos resolveram deixar as rusgas de lado e trabalhar para o fortalecimento e reestruturação do partido, que acabou ficando isolado após a derrota de Wilson Santos (PSDB) na disputa pelo governo do Estado.

O deputado Guilherme Maluf, pré-candidato a prefeito de Cuiabá, não vê problema na possibilidade de outros partidos do grupo apresentarem nomes para a disputa municipal na capital.

Apesar de favorável à inserção do PSDB no bloco, o tucano enfatiza que o grupo não poderá trabalhar numa reedição do MT Muito Mais, que tem o empresário Mauro Mendes (PSB) como forte candidato ao Palácio Alencastro.

“Esta aliança é um embrião para 2012 e 2014. Agora é preciso construir uma nova base e não queremos reeditar o MT Muito Mais, ou grupo do Mauro Mendes. Estamos em um novo momento e esta frente de partido deve estar lastreada em uma base”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.

Um dos fundadores do PSDB, Luis Soares destaca que o grupo relembra o bloco de oposição montado em 1991 para combater, na época, o antigo PFL (atual DEM), que tinha o governador Jaime Campos (DEM) e mais 18 deputados. Segundo ele, os partidos saíram fortalecido e por isso demonstrou-se favorável à aliança.

Quanto o “choque” de candidaturas dentro do grupo, Soares destacou que é preciso tratar o processo com transparência, sem jogadas, e cada um construir seu nome para depois avaliar quem será o candidato. Outro ponto destacado pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá é o fato do bloco fazer de fato o papel de oposição, “sem meio termo”.
“Somos integrantes de um grupo de oposição e as candidaturas serão discutidas, porém deve ser demonstrada a maior transparência possível, sem acordos e jogadas. No entanto se algum partido mudar de lado automaticamente saíra do grupo”, afirmou ao Olhar Direto, logo após a reunião.
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