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Bezerra defende profissionalização da defesa civil

Da assessoria

Os temporais que vêm acontecendo com certa frequência em muitas regiões brasileiras podem intensificar, conforme preveem estudiosos. Diante dessa realidade, defende o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), o País precisa de um sistema mais eficiente de prevenção de desastres naturais, medida que passa necessariamente pela profissionalização do setor de defesa civil.

A profissionalização do setor, entende Carlos Bezerra, deve ser feita em todos os níveis, inclusive com a multiplicação de cursos superiores em defesa civil e gestão de catástrofes.

Essas tragédias anunciadas, com graves prejuízos humanos e materiais, a exemplo do ocorrido nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, ocorrem em função das mudanças meteorológicas no Planeta, tanto com as fortes chuvas, ventanias e secas mais pronunciadas.

“Mesmo que o Brasil não sofra tanto quanto países sujeitos a furacões, tsunamis, terremotos e outras causas de desastres naturais, não podemos permanecer inertes, esperando que mais famílias brasileiras sejam soterradas por avalanches ou arrastadas por inundações”, advertiu o deputado.

Conforme Bezerra, dos 5.565 municípios no País, cerca de mil possuem alguma estrutura de defesa civil. E mesmo esses geralmente destinam recursos para o setor apenas em situações de emergência, desprezando ações preventivas.

Segundo o deputado, o Brasil desconhece as áreas de risco e não dispõe de uma estratégia eficiente para tratar o problema. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) coordena o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec), vinculado ao Ministério da Integração Nacional, que não dispõe de recursos e estrutura suficiente para lidar com a complexidade da questão.

Em 2009 foram contabilizadas 1.408 e, no ano passado, 893 notificações de desastres naturais, que, como mostraram os últimos acontecimentos, não foram suficientes para mudar a realidade da situação no País, afirmou o deputado.

“A verdade é que a maioria dos municípios ainda se debate com dificuldades para criar estrutura mínima de saneamento e não dispõe de condições para atuar de forma eficiente na prevenção de catástrofes naturais”, criticou.

Em 2010, disse o deputado, durante a 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil, foram identificados problemas básicos, que dizem respeito a falta de estrutura, de recursos, de treinamento e de regulamentação, que nas situações de emergência aparecem sob a forma de desorganização nas ações de socorro e de captação e distribuição de donativos.

“Diante do quadro alarmante que mostra milhões de brasileiros ainda vivendo em áreas de risco, e confrontados com a perspectiva de que mudanças climáticas agravem a situação, precisaremos da ação organizada de todos, iniciativa privada e governo, com participação da estrutura militar que tradicionalmente opera no setor”, sugeriu.
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