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Países árabes seguem enfrentando protestos neste sábado

G1

Os protestos contra governos nacionais continuaram em diferentes países árabes neste sábado (19). O exército do Bahrein retirou seus tanques da Praça da Pérola, no centro da capital Manama, onde se concentram as manifestações antigoverno, uma das condições exigidas pela oposição para dar início ao diálogo político com o regime. Com isso, o local voltou a ser ocupado por milhares de manifestantes.

No Iêmen, um estudante foi morto a tiros e outros cinco ficaram feridos durante um violento confronto entre manifestantes antigoverno e defensores do regime do presidente Ali Abdallah Saleh perto da Universidade de Sanaa, segundo informa a agência AFP. Testemunhas relatam que centenas de pessoas atiravam pedras umas nas outras quando tiros começaram a ser disparados de ambos os lados.

Na Argélia, centenas de policiais nas calçadas e nas ruas próximas à praça Primeiro de Maio, no centro da capital Argel, tentaram impedir que a população iniciasse uma manifestação reivindicando reformas no poder.

No Djibouti, manifestantes que pediam a saída do presidente Omar Guelleh, no poder desde 1999, enfrentaram a polícia de choque, que tentou dispersá-los com gás lacrimogêneo. De acordo com a agência AFP, um policial e um protestante morreram. Três líderes oposicionistas foram detidos em seguida.

A situação na Líbia é menos conhecida, já que o governo mantém forte controle sobre as comunicações. Serviços de internet e energia elétrica foram cortados em alguns pontos do país.

A rede americana CNN cita um médico segundo o qual helicópteros teriam disparado contra manifestantes em Benghazi. O número de pessoas mortas em três dias de protestos contra o governo chega a 84, segundo a organização internacional Human Rights Watch, com sede em Nova York.

O principal foco das manifestações contra o líder líbio, Muammar Khadafi, é mesmo a segunda maior cidade do país, Benghazi, onde 35 mortes foram registradas em apenas um hospital.

A mídia estatal advertiu sobre retaliações contra os críticos de Khadafi, que está no poder desde 1969.

O Egito, que vinha encabeçando as convulsões políticas no mundo árabe, e cujo presidente Hosni Mubarak deixou o poder há uma semana, devesuspender o estado de emergência dentro de seis meses, segundo publicou a agência de notícias estatal do país neste sábado.

A suspensão do estado de emergência era uma das principais demandas dos manifestantes que derrubaram Mubarak.
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