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Notícias / Brasil

Manifestantes marcham na Paulista contra homofobia

G1

A Avenida Paulista foi, na tarde deste sábado (19), mais uma vez palco da luta contra a homofobia, que já costuma ser lembrada anualmente na Parada Gay. Desta vez, de 800 a mil manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, marcharam pelo endereço para protestar contra atos de violência a homossexuais. O protesto, iniciado no final da avenida, terminou em frente ao número 777, onde no dia 14 de novembro um rapaz foi agredido com lâmpadas fluorescentes.

“Diariamente as pessoas sofrem violência física e verbal. A piada mata tanto quanto a bala”, disse Márcio Henrique, de 24 anos, que maquiou uma ferida no rosto para reivindicar as agressões.

O movimento, que ocupou duas faixas da Paulista durante toda a manifestação, também lutava contra aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 122 de 2006, que tramita no Senado e torna a homofobia um crime. “Hoje em dia não uma lei específica para esses casos”, diz a advogada Lígia Conti, integrante do Grupo de Advogados pela Diversidade Social, criado há cerca de seis meses para tratar de casos como agressões e discriminações contra minorias.

De acordo com a advogada, atualmente nem mesmos os profissionais da área de direito sabem lidar exatamente com a questão, já que não há uma lei específica. O advogado Leonardo Berthi, também integrante do grupo, diz que foi ao protesto lutar pelo o que está previsto na própria Constituição, ou seja, princípios como o da igualdade e dignidade humana.
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