"Estamos passando por um pesadelo", assim, sem meias palavras, foi a forma como Bob Nardelli, presidente da Chrysler, definiu o atual momento pelo qual a empresa está passando. "Nos últimos seis meses, o mercado caiu para o nível de 26 anos atrás", comparou o executivo do fabricante que, em dezembro, recebeu do governo norte-americano uma ajuda de US$ 4 bilhões para não fechar as portas. "Agradecemos a ajuda ao povo americano e ao tesouro. Não vamos decepcionar".

Palavras de otimismo na Chrysler? Então, ouça esta outra de Nardelli, pronunciada durante a coletiva da montadora ontem (11): "E, para o ano que vem, não vemos um mercado em crescimento." Seria um anúncio de falência? Para alguns especialistas americanos, a Chrysler não sobreviverá a este momento de crise. Se isso realmente acontecer será uma pena. Nunca na história da marca (parafraseando um presidente sul-americano..), o fabricante teve modelos tão interessantes como agora.

Vamos pegar, por exemplo, o conceito 200C (foto) que dará origem a um novo sedã abaixo do 300C. Foi o único carro apresentado no primeiro dia de imprensa que conseguiu um suspiro de aprovação da platéia - a GM teve o mesmo, mas com funcionários figurantes trazidos para dar um ar de entusiasmo às apresentações. Mas, o que de tão legal tem o 200C?

Basta olhar suas fotos. Ele é lindo. Seu desenho mistura elementos do Sebring, do Neon e do 300C. Além disso, traz sacadas interessantes como um sistema que, por meio do telefone, é possível regular os vidros, acender o farol do carro e até mesmo localizar o veículos por meio de GPS. A novidade é equipada com motor elétrico de 268 cv capaz de levar o carro de 0 a 100 km/h em sete segundos. Falando em carros elétricos, a Chrysler mostrou mais quatro modelos com essa tecnologia: o Jeep Patriot, Wrangler, o Dodge Circuit e Chrysler Town & Country.