Imprimir

Notícias / Brasil

PF destrói plantações de maconha na fronteira do Brasil com o Paraguai

Globo

Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai com o apoio da Polícia Federal do Brasil destruíram plantações perto da fronteira dos dois países. A região é a principal fornecedora da maconha para os grandes centros brasileiros.

Só do alto é possível ver a dimensão das plantações de maconha. Em clareiras abertas na mata, os plantadores escolhem o topo da serra. A região é conhecida como Cerro Sarambi, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, a 70 km da fronteira com o Brasil. No local são mais de 300 hectares cultivados com a droga.

Os agentes da secretaria antidrogas do Paraguai precisam abrir uma trilha dentro da mata para chegar às plantações. Os pés de maconha foram destruídos.

Em um dos acampamentos dos produtores de maconha foram encontrados prato com talheres, um garrafão com água e até uma panela com a comida que eles fizeram. Segundo os agentes da Senad, estes produtores costumam deixar o local até minutos antes deles chegarem porque escutam o barulho do helicóptero ou até mesmo o pessoal da Senad andando pela mata.

Os agentes colocam fogo nos barracos improvisados. Em operações como esta, os 30 agentes paraguaios chegam a destruir mais de cem hectares de plantações. As plantações de maconha na região de fronteira ficam em propriedades particulares. Muitas plantações só são descobertas por causa da ajuda dos fazendeiros da região que denunciam movimentação estranha nas propriedades. Segundo a Senad, a maioria das plantações, em solo paraguaio, é de traficantes brasileiros. A maioria cometeu crimes no Brasil e é foragido da justiça brasileira.

“Eles ficam um tempo determinado aqui depois vão revezando pelas outras plantações de maconha. Muitos indígenas também trabalham nas plantações. Eles formam grupos que são responsáveis por cada etapa até que a droga seja prensada”, fala o assessor de comunicação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Francisco Ayala.
Imprimir