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Avó Crystal diz não conhecer motorista e o chama de 'traste'

Terra

Durante o processo de liberação do corpo da menina Crystal da Silva Cardoso, 1 ano e 2 meses, a avó materna da criança, Meire Lúcia Cardoso da Costa, disse neste sábado no Instituto Médico Legal (IML), em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, que não conhecia o condutor do veículo que caiu em um rio na quinta-feira. "Nunca tinha visto aquele traste", afirmou sobre Moacir da Silva, 48 anos, que admitiu ter bebido antes de dirigir. A criança estava no carro com a mãe, Elysivane Cardoso da Costa, 26 anos, Silva e mais uma mulher.

Segundo informações da polícia, Silva teria tentado uma ultrapassagem proibida com o Audi A6 e perdeu o controle do carro. Ao cair no rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, o carro afundou rapidamente, mas os três adultos conseguiram sair com ajuda de um pescador e guardas municipais. Crystal foi resgatada do fundo do canal aos cerca de 20 minutos submersa. Ela foi reanimada pelos bombeiros, mas deu entrada no Hospital Miguel Couto em estado gravíssimo.

Crystal morreu na noite de sexta-feira, no Hospital Miguel Couto. O corpo foi liberado pelo IML neste sábado e o enterro estava marcado para as 15h, no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio. O laudo sobre as causas da morte deve ficar pronto em 10 dias.

O motorista, que estava com a carteira de habilitação vencida há mais de 8 anos, foi indiciado por lesão corporal de trânsito com agravamento. Com a morte da menina, ele pode ser acusado de homicídio doloso, com possibilidade de pena de até 2 anos de cadeia, caso seja condenado.

Acusações de maus tratos
Neste sábado, a avó de Crystal rebateu as acusações de maus tratos feitas pela avó paterna da criança, Liziet Fátima Sabino Faria, 57 anos, na sexta-feira. "A declaração dela é uma mentira. Nunca houve maus tratos", disse. Segundo Liziet, ela e o filho, o enfermeiro Alessandro Sabino, 26 anos, tentavam obter a guarda da criança.

Segundo Elisane Rocha, 30 anos, tia da menina, Alessandro nunca se interessou em registrar a criança. Segundo ela, ele só começou a pagar a pensão da filha após determinação da Justiça.
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