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Ronaldinho Gaúcho capitão: sorrisos, conselhos e cobranças

Globo Esporte

Quem vê Ronaldinho sempre sorridente nos treinos do Flamengo não imagina que ele também sabe dar broncas, cobra o melhor de todos. São deveres de um capitão.

- Quando tem de elogiar ele elogia, mas também tem o lado da cobrança. É normal, como o Léo Moura cobrava e incentivava bastante – contou o garoto Negueba.

Ronaldinho é o dono da braçadeira de capitão do Fla e pode erguer a Taça Guanabara neste domingo (Foto: Ag. Estado)O Rubro-Negro é o primeiro clube em que o craque carrega a braçadeira. No Grêmio, Paris Saint Germain, Barcelona e Milan, exerceu uma liderança diferente, pelo talento. A exceção foi a Seleção Brasileira, na Copa das Confederações de 2005. Liderou o time de Carlos Alberto Parreira, já que Cafu fora poupado da competição. Deu sorte e ergueu o troféu.

No Fla, Ronaldinho recebeu a braçadeira no dia 2 de fevereiro, data da sua estreia. Naquele dia, ainda na concentração, soube que Vanderlei Luxemburgo o escolhera como novo capitão. Mas se preocupou em conversar com Léo Moura e contar sobre o que acontecera. Os dois combinaram a cena que se viu no Engenhão, à noite. O camisa 2 foi ao centro do gramado, tirou a faixa e a colocou no braço do novo dono. A torcida reconheceu a nobreza de Léo e o aplaudiu fervorosamente.

Nos treinos, o que se vê é um Ronaldinho brincalhão, mas comprometido. Cumpre horários e quase sempre é um dos primeiros a chegar e o último a sair. Tem a preocupação de orientar os companheiros. Vez ou outra ouve-se um grito do camisa 10 pedindo bola ou um pouco mais de tranquilidade. Nos jogos, ele se agita. Na semifinal da Taça Guanabara contra o Botafogo, por exemplo, as câmeras flagraram uma cobrança ao quarto árbitro sobre a marcação de um arremesso lateral.

- Professor, pegou nele. Ei! Pegou nele! Está cego? – esbravejou.

Ronaldinho diz que procurar exercer uma liderança natural, baseada no prestígio e na experiência acumulados nos dez anos de futebol europeu.

- O nosso ambiente é legal. Quando há um assunto mais sério, a gente conversa. Dentro de campo é uma liderança natural. Não é uma cobrança só do capitão. O grupo todo se empenha e se cobra.

Neste domingo, o Flamengo enfrenta o Boavista, na final da Taça Guanabara, às 16h (de Brasília), no Engenhão. O astro terá a chance de erguer o segundo troféu da carreira como capitão, o primeiro com a camisa rubro-negra. O GLOBOESPORTE.COM mostra todos os lances em tempo real, com vídeos.
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