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Despesas com contratação são cortados; PAC se mantém

De Brasília - Vinícius Tavares

A ministra do Planejamento, Mirian Belchior, disse que estão sendo cortados R$ 15,7 bilhões em despesas obrigatórias como contratação de pessoal, previdência, abono e seguro desemprego e outros subsídios, mas garantiu a disponibilidade para os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

"Recursos do PAC estão integralmente preservados assim como os programas sociais”, disse Mirian Belchior. Outros R$ 36,2 bilhões serão cortados das despesas discricionárias e R$ 1,623 bi foram vetados da Lei Orgânica Anual (Loa) de 2011.

Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (28) para anúncio do detalhamento do corte no orçamento de 2011, em Brasília, a ministra disse que o maior corte será feito nos ministérios das Cidades e da Defesa. Percentualmente, segundo ela, os Ministérios do Turismo e do Esporte são os que mais sofrerão cortes.
 
De acordo com a ministra, a presidente Dilma Rousseff assinará decreto para redução de diárias e passagens em 50%. Além disso, serão reduzidos 25% de recursos para polícia e fiscalização. “Nós centralizaremos as autorizações dessas diárias e passagens para os secretários executivos e secretários nacionais. Também serão revistos contratos de aluguel”, colocou.

O corte de R$ 50 bilhões, a fixação do salário mínimo em R$ 545 e o aumento da taxa de juros não representam mudança na política econômica do governo. “A política econômica não está mudando, apenas está sendo adaptada aos novos tempos, ao novo cenário que estamos vivendo”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Mantega justificou os ajustes em decorrência de estímulos à economia concedidos durante a crise. “A economia deve ter fechado em 2010 em 7,5% de crescimento. É uma aceleração excessiva para a economia brasileira. Mas teremos em breve um patamar mais viável, de 5,5%. Nào podemos criar gargalos”, afirmou Mantega.

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