Imprimir

Notícias / Brasil

Polícia fecha supletivo em BH por suspeita de venda de diploma falso

G1

Um cursinho supletivo foi fechado nesta quinta-feira (3), por suspeita de vender certificados falsos de conclusão dos ensinos Fundamental e Médio. De acordo com a Polícia Civil, três funcionárias do cursinho, que estavam no local, foram detidas. O preço de cada certificado, segundo a polícia, variava entre R$ 700 e R$ 1 mil.

O delegado Islande Batista disse que a denúncia partiu de uma ex-aluna que teria frequentado o curso e depois, percebido que o diploma era falso. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o cursinho não tinha autorização para funcionar.

O escritório, que ficava no sexto andar de um prédio no Centro de Belo Horizonte, foi fechado. Lá, havia uma sala de aula pequena. A polícia encontrou um livro de cadastros, com registros de várias pessoas, e vários diplomas que estavam prontos para ser entregues. Batista disse que os diplomas eram confeccionados no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Todo o material foi apreendido.

A polícia encontrou um livro de cadastro , com registros de junho de 2010 até esta quarta-feira (2), e vários diplomas que estavam prontos para serem entregues. Todo o material foi apreendido.

Cheques que, supostamente, seriam usados para a compra dos diplomas estavam preenchidos em nome do homem suspeito de comandar o esquema em vários estados do país. Mauro di Nápoli, que, segundo a polícia, seria o dono do cursinho, deu depoimento exclusivo ao Fantástico em junho do ano passado. Na época, ele admitiu que o diploma não serve para nada.

“Se não foi feito de acordo com as normas, não tem validade. Essa é a minha opinião", declarou. Atualmente, ainda de acordo com a polícia, ele mora em São Paulo.

Os donos dos diplomas apreendidos vão ser chamados a prestar depoimento e podem ser indiciados pelo crime de uso de documento falso.

O delegado Batista disse que provavelmente duas das funcionárias detidas vão ser autuadas em flagrante. A terceira, que seria faxineira do cursinho, foi ouvida e liberada por não ter envolvimento com os crimes.
Imprimir