Em sua visita nesta sexta-feira, 04 de março, ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que coordena ações integradas dos sete municípios da região do ABCD, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a entidade pode se tornar referência em parceiras com o órgão federal. Ele citou exemplos como campanhas nacionais contra a Dengue, DST/AIDS, atendimento às gestantes e bebês, além de ações preventivas para melhoria da saúde da mulher. Esses programas, segundo Padilha, serão prioritários para sua pasta ao longo de 2011.

Além disso, o ministro disse que ações regionais integradas entre os municípios também serão priorizadas na área da saúde. O objetivo é otimizar e agilizar os atendimentos principalmente de urgência e emergência, levando em consideração a disponibilidade de leitos e acessos a serviços especializados. Afirmou que o Ministério irá disponibilizar recursos para iniciativas dessa natureza. Padilha reforçou que se empenhará para que o governo do estado de São Paulo participe das parcerias que serão desenvolvidas com o Consórcio do ABC e o Ministério da Saúde.

O prefeito de Diadema e presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Mário Reali, disse que todos os prefeitos da região estão engajados, junto com o Ministério da Saúde, na aprovação da Emenda 29, que regulamenta a participação dos entes federados na manutenção do SUS. Para ele, “a atual condição de financiamento do sistema público faz com que os municípios brasileiros arquem com boa parte desta manutenção, que deveria ser divida de maneira mais equilibrada entre Estados e a União”.

Ele citou o exemplo da cidade que comanda que já gasta mais de 30% do orçamento público para atender demandas do setor. “A participação cada vez maior dos municípios no sistema tripartite do SUS faz com que outros setores importantes fiquem sem a devida aplicação recursos. E todo mundo sabe que Educação, Saneamento, Habitação e Segurança, por exemplo, também impactam para melhoria da saúde como um todo”.

Reali ressaltou que os prefeitos da região apoiam a obtenção de recursos novos para o financiamento do Sistema Único da Saúde no Brasil. “Precisamos discutir seriamente essa questão, uma vez que a demanda pelos serviços na área está cada vez maior não só na região do ABC, mas em todo o país”. O presidente do Consórcio disse ainda que o Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação “precisam trabalhar para a criação de novos cursos de medicina no Brasil para dar conta da demanda destes profissionais no sistema público”. Enio Taniguti