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Musas contam com 'tropa de choque' para entrar e sair da avenida em SP

G1

Correria, empurra-empurra, gritos e até cotoveladas. É sempre assim quando rainhas e madrinhas de bateria chegam para começar um desfile. Em São Paulo, o sábado (5), segundo e último dia de apresentação das escolas de samba, foi marcado por confusões com as entradas de famosas como a apresentadora Sabrina Sato, a funkeira Valeska Popozunda e a dançarina Scheila Carvalho. Ao lado delas, seguranças, integrantes das agremiações e muitos fãs.

O primeiro sinal de que elas estão chegando é o corre-corre. Câmeras se voltam para as rainhas e madrinhas, que mal conseguem andar. O caminho até os ritmistas é apertado. Sabrina Sato, rainha de bateria da Gaviões da Fiel, chega ao Anhembi, na Zona Norte da capital, com dois guarda-costas particulares. E ainda foi cercada pela equipe de apoio da escola. Ela não reclamou do assédio, mas defendeu moderação.

"Só não pode atrapalhar a escola. Quando atrapalha é ruim", afirmou Sabrina, uma das beldades mais esperadas do carnaval paulista. A Gaviões foi a penúltima escola a se apresentar, já na madrugada deste domingo (6). Questionado se tamanha barreira é necessária em volta dela, o segurança respondu sorrindo: "você pode ver a situação", disse Leandro Henrique. A todo momento, jornalistas tentavam se aproximar da moça, que, com simpatia, procurava dar atenção a todos.

Escolta do namorado

Um dos destaques do chão da X-9 Paulistana, Fabiana Rodrigues, tem sorte. Além de seguranças, é o namorado Alexandre Frota que faz a escola mais próxima em tempos de folia. E ele a acompanhou durante o percurso de 530 metros da avenida até a dispersão. Para Fabiana, o cerco garante "tranquilidade" para entrar na passarela do samba.

A dançarina Scheila Carvalho, madrinha da bateria da Unidos de Vila Maria, justificou tanto zelo. "A escola tem que cumprir normas e a gente respeita." Luís Tempester, integrante da agremiação, ajudava os segurança na tarefa de afastar os curiosos e foi no mesmo tom de Scheila. "É para que não atrapalhe o ingresso da escola na avenida."

Já a funkeira Valeska Popozuda, prefere ter bastante espaço a andar grudada nos seguranças. "Eu não quero segurança. Para quê?". Ela desfilou como rainha de bateria da Águia de Ouro.

Se a confusão na concentração é grande, na dispersão é igual. Assim que a bateria vai cruzando o portão de chegada, as rainhas e madrinhas desaparecem rapidamente. Às vezes, dá tempo de um último aceno. O que fica é a lembrança do público. Esse sim guiou as "deusas" com aplausos durante todo o desfile.
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