Imprimir

Notícias / Brasil

Advogado de suspeitos de matar aluno da FGV vai pedir habeas corpus

G1

Getúlio Serpa, advogado dos dois jovens suspeitos de participar do atentado que matou a tiros um aluno da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e feriu outro num bar no mês passado em São Paulo, disse ao G1 neste domingo (6) que deve entrar com um pedido de habeas corpus na próxima semana para que seus clientes respondam ao processo em liberdade. “Eu preciso de um tempo para me inteirar do inquérito e em seguida, na próxima semana devo entrar com pedido de habeas corpus para eles”, afirmou Serpa.

Neste sábado (5), o outro suspeito de participar do atentado foi preso no Paraná. De acordo com a polícia de São Paulo, Valmir Ventino da Silva, de 19 anos, e o irmão, o camelô Francisco Macedo da Silva, de 24 anos, mataram o estudante Júlio César Grimm Bakri, de 22 anos, e feriram Christopher Akiocha Tominaga, 23 anos, em 23 de fevereiro.

Segundo a polícia, Valmir estava sendo vigiado pela Polícia Civil dos dois estados havia uma semana. Ligações telefônicas do suspeito foram rastreadas para que os policiais pudessem chegar até ele. Ele foi detido na casa de um amigo em Cascavel, no Paraná, e não resistiu à prisão.

O irmão dele, Francisco foi preso, suspeito de porte ilegal de arma, após dar entrada num hospital da capital paulista com um ferimento à bala na perna direita. Para a polícia, o machucado foi causado por uma bala que ricocheteou durante o ataque aos universitários. Dias depois, ele confessou a participação dele e do irmão no crime num vídeo gravado por policiais e que foi divulgado à imprensa.

Segundo a investigação, Valmir queria se vingar dos alunos da FGV porque eles teriam paquerado sua namorada, e chamou o irmão para ajudar no crime. Imagens gravadas por câmeras de segurança de prédios vizinhos ao bar mostram dois homens chegarem numa moto, descerem dela com os capacetes e atirarem nos estudantes. Depois eles fogem, mas um deles sai mancando.

Foragido
A Justiça havia decretado também a prisão de Valmir, que passou a ser procurado pelo fato de não se apresentar à polícia de São Paulo. “Ele estava em liberdade e foi para o Paraná, porque estava amedrontado, pois não está acostumado à prática do crime. Nesse tempo foi decretada a prisão temporária dele, por isso, a Justiça o prendeu”, diz o advogado de defesa de Valmir.

Ainda segundo o advogado, Valmir deve ser transferido ainda neste domingo para São Paulo. “Ele deve ser transferido ainda hoje à noite. E deve ir para ficar junto com o irmão, acho que em Tremembé (no Vale do Paraíba), pois respondem ao mesmo processo”, afirmou.
Imprimir