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Suspeito de balear estudantes da FGV deixou prisão há 8 meses, diz polícia

G1

Valmir Ventino da Silva, um dos jovens suspeitos de matar um estudante da Universidade Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, e ferir outro, saiu da prisão há oito meses. Ele havia sido condenado por roubo e por furto de cargas. De acordo com delegados da Polícia Civil de Curitiba e de São Paulo, o suspeito confessou o crime.

Valmir vai responder por homicídio qualificado consumado e por tentativa de homicídio. Segundo a polícia, o suspeito confirmou que efetuou os disparou porque os universitários teriam feito gestos de menosprezo e o chamado de otário em um bar da capital paulista. “O caso está inteiramente solucionado”, declarou Paulo Tucci, delegado responsável pelo inquérito, neste domingo (6).

Valmir Ventino da Silva foi detido em Cascavel, no Oeste do Paraná, no sábado (5), na casa de Ederson Pereira Gomes, que segundo a polícia é amigo de Valmir há algum tempo. Eles se conhecem porque ambos comercializam produtos importados do Paraguai, na Rua 25 de Março, em São Paulo.

Ederson será intimidado a se apresentar à Justiça e vai ser autuado por favorecimento pessoal, uma vez que, conforme relataram os delegados envolvidos na investigação, sabia que Valmir estava foragido. Valmir não resistiu à prisão.

Getúlio Serpa, advogado dos dois jovens suspeitos de participar do atentado aos estudantes da FGV, disse ao G1 neste domingo (6) que deve entrar com um pedido de habeas corpus na próxima semana para que seus clientes respondam ao processo em liberdade. “Eu preciso de um tempo para me inteirar do inquérito e em seguida, na próxima semana devo entrar com pedido de habeas corpus para eles”, afirmou Serpa.

Ao todo foram 11 dias de investigação. O delegado chefe da Subdivisão de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil do Paraná, Renato Coelho, relatou que a participação da polícia paranaense no caso foi requisitada pela Polícia Civil de São Paulo. Coelho afirmou que após as imagens do crime serem divulgadas pela imprensa, a polícia recebeu denúncias anônimas que diziam que Valmir teria pegado um ônibus de turismo com destino a Foz do Iguaçu.

Apesar das duas armas utilizadas no crime, uma calibre 38 e outra calibre 45, não terem sido encontradas, a polícia considera o caso solucionado. “A prisão [de Valmir] vem fazer luz ao inquérito que está cheio de provas”, disse Tucci. O delegado informou que a polícia detém as roupas, a moto e os capacetes utilizados pelos suspeitos e testemunhas.

O caso


Na noite do dia 23 de fevereiro, oss estudantes estavam no bar, na Avenida Nove de Julho, na Bela Vista, com amigos quando os criminosos atiraram. Julio Cesar Grimm Bakri, de 22 anos, foi morto no atentado. Outro universitário, Christopher Akiocha Tominaga, 23, foi internado em estado grave no mesmo hospital, mas não corre mais risco.

As câmeras de segurança de um prédio, na Avenida Nove de Julho, na região central da capital, gravaram a chegada dos criminosos ao bar onde os estudantes foram baleados. Imagens mostram que uma moto passa na rua. Em seguida, dois homens se aproximam de capacete, param em frente às mesas, como se estivessem procurando os alvos, e partem para o ataque.
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